Nordeste registra aumento do Covid-19 e migração de passageiros de ônibus pode estar contribuindo

Da Revista do Ônibus
Foto: Ônibus Particulares/Ilustração – Luiz Krolman/Ônibus Brasil

JOÃO PESSOA, RECIFE, FORTALEZA E SALVADOR – O número de casos confirmados da Covid-19, segue crescendo em várias cidades da região nordeste. Em meio a pandemia do novo coronavírus, prefeitos e governadores passam tentar conter a migração de pessoas pelo transporte coletivo seja interestadual ou intermunicipal.

Na Bahia, Piauí, Maranhão e Ceará, diversos ônibus que realizavam o transporte pirata de passageiros, também conhecidos como transporte clandestino, acabaram sendo apreendidos por estarem contrariando os decretos municipais e estaduais, que impedem em grande parte a circulação do transporte de passageiros, como forma de tentar conter a proliferação da Covid-19.

Desde o março, quando iniciou-se a pandemia declarada pela Organização Mundial de Saúde – OMS e pelo Ministério da Saúde, diversos pessoas que saíram da região nordeste em busca de trabalho e melhoria de vida em São Paulo, estão retornando as suas cidades de origem, por conta do alto nível de desemprego.

Para atender há uma demanda crescente de passageiros que buscam voltar para os mais diversos estados nordestinos, aumentou com isso, a circulação de ônibus sem autorização de viagens pela Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT.

Com tarifa mais baixa que as praticadas por empresas que operam os trechos entre São Paulo e as principais cidades da região nordeste, os ônibus rodoviários batizados de transporte pirata, seguem realizando viagens alterando suas rotas para fugir as barreiras sanitárias.

A grande migração de pessoas que antes estavam em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais e voltam aos seus estados de origem, podem estar contribuindo e muito para o aumento da propagação da Covid-19, já que muitos passageiros podem estar assintomáticos, ou seja, com a doença e sem apresentar sintomas, contaminando mais pessoas sem estar ciente, por não seguir o isolamento social e distanciamento necessário quando chegam em suas cidades de origem.

“Tem muita gente voltando para suas cidades de origem, o que fez as prefeituras redobrarem o nível de atenção. São pessoas que podem já vir com a doença ou podem ter se contaminado no caminho”, afirma o prefeito de Bom Jesus da Lapa e presidente da União dos Municípios da Bahia, Eures Ribeiro (PSD).

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