Por G1 MG
Foto: Reprodução (TV Globo / G1 MG)
O risco de contágio pelo coronavírus está deixando muita gente em casa. O trânsito está mais tranquilo nas ruas. Em Belo Horizonte, as viagens de ônibus caíram pela metade, segundo a BHTrans. Mas usuários reclamam da superlotação nos coletivos, o que aumenta o risco de contaminação.
Ônibus lotados. Passageiros em pé. A TV Globo recebeu imagens gravadas por telespectadores na capital. Além da falta de respeito com quem usa o transporte público, as cenas também mostram o desrespeito a uma determinação da prefeitura.
Há um mês ficou estabelecido que os ônibus só poderiam circular com todas as pessoas sentadas. A medida é uma prevenção ao novo coronavírus. Conforme explica o infectologista Estevão Urbano, as pessoas podem se contaminar pela proximidade.
“Através do espirro, da tosse pode haver uma transmissão direta entre um infectado e um não infectado e, também, pelo toque de superfícies. Algum vírus cai nessa superfície, é tocado inadvertidamente pelas mãos das pessoas e essas mãos podem atingir, depois, a boca e o nariz”, explicou o infectologista.
Esse é o risco que essas pessoas correm quando a determinação de evitar aglomerações é descumprida. Com a maior parte do comércio e dos serviços fechados, com menos gente circulando também é possível ver muitos ônibus assim, vazios, durante o dia, com espaço de sobra pra todo mundo.
Antes da pandemia, os ônibus transportavam, em média, 1,2 milhão passageiros, por dia, pelos cálculos da BHTrans. Mas desde que as medidas de isolamento social começaram a valer, esse número chegou a cair pra cerca de 336 mil passageiros. Uma redução de 72%.
A BHTrans afirma que o número de viagens caiu pela metade. Mas se a redução no número de passageiros foi ainda maior por que nos horários de pico, os ônibus circulam lotados?
O Sindicato das Empresas de Transporte Informou que as empresas ofertam viagens suficientes pra que todos viajem sentados. E que orienta os motoristas a não levar passageiros em pé. Já a BHTrans disse que reforçou a fiscalização e informou que a multa é de R$ 540 por autuação.
O infectologista Estevão Urbano ressaltou ser fundamental haver um cronograma de fluxo de pessoas nesses coletivos.
“Sempre com o intuito de evitar aglomerações e finalmente as pessoas que lá entram, como já dito: sempre usarem máscaras e higienizarem as mãos antes e após a saída”, ressaltou.