SETURN pede subsídio à Prefeitura para pagar salário dos funcionários das empresas de ônibus e alerta para risco de falência das viações

Por UNIBUS RN
Foto: Ilustração/Ônibus Brasil

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município de Natal – SETURN vai pedir auxílio financeiro à Prefeitura do Natal para pagar os funcionários das empresas de ônibus da capital. O pedido ocorre após a redução de aproximadamente 79% dos usuários de ônibus da cidade, no período de 10 de março a 24 de março. “A queda no fluxo de passageiros interfere diretamente na receita gerada para manutenção e efetividade do transporte público que o natalense utiliza todos os dias”, considera o sindicato patronal.

De acordo com os dados do Sindicato, entre os dias 17 e 24 de março, houve uma queda de 76% no fluxo de passageiros transportados. “As empresas só estão transportando cerca de 21% de passageiros, isso leva em uma progressão para perder ainda mais usuários diante do estado de pandemia. A conclusão dessa diminuição incorre em prejuízo financeiro”, afirmou Nilson Queiroga, consultor técnico do SETURN.

Desde a última terça-feira, dia 24 de março, 46 ônibus foram adicionados a frota de 30% que permanece em operação na cidade. O reforço na quantidade de veículos no início da manhã e final da tarde, com o propósito de evitar a aglomeração de pessoas dentro dos ônibus, gera ainda mais consequências. Segundo a enteidade, é preciso que sejam adotadas medidas como as realidades em outros estados do Brasil, como São Paulo, para manter o equilíbrio das contas.

“A baixa demanda da comunidade natalense em utilizar os ônibus intefere diretamente na tarifa. Pode chegar a faltar pagamento para os operadores e, com isso, eles consequentemente virão a parar suas atividades. A sugestão imposta é que a Prefeitura realize o subísio desses salários dos motoristas, cobradores e demais trabalhadores envolvidos. A Câmara Municipal pode, inclusive, protocar em estado de emergência essa solicitação”, explica Queiroga.

Ainda segundo Nilson, a queda de receita devido à baixa demanda, não foi acompanhada da redução de custos variáveis, com a redução de quilometragem rodada. Na prática, isso resulta em um desequilíbrio econômico-financeiro contínuo, afetando as viações: “Essa prática tende a inviabilizar a prestação do serviço de transporte público e levar à falência de empresas em um primeiro momento, e do sistema como um todo na sequência”, afirma Nilson.

O pedido do subsídio será encaminhado pelo SETURN à Prefeitura do Natal.

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