Do UNIBUS RN
Foto: Ilustração
Após a confirmação do reajuste da tarifa de ônibus de Natal – que passa dos atuais R$ 4 para R$ 4,25 – feita pelo Prefeito de Natal Álvaro Dias (MDB) em decreto no Diário Oficial do Município desta sexta-feira (28), sete entidades estudantis – incluindo UNE, UBES, UMES e o DCE da UFRN – convocaram uma plenária na Praça 7 de setembro, em frente ao palácio Felipe Camarão (sede da Prefeitura do Natal).
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As entidades classificam o novo valor da tarifa como “roubo”, e criticaram o Conselho Municipal de Transportes de Natal, órgão que definiu o aumento da tarifa nesta quinta-feira, 27: “O filme está se repetindo! O Conselho Municipal de Transportes de Natal, que está longe de representar os anseios da sociedade civil, deu mais um passo no sentido de afastar a população de seu direito básico de ir e vir: aprovou um aumento na tarifa, elevando para R$ 4,35 o que já hoje é totalmente excludente! Pra nós, o papo é simples: R$ 4,35 é roubo !”, afirma o texto que convoca os estudantes.
Os estudantes também reclamaram das condições dos ônibus da capital, e destacaram que “o transporte público em Natal continua sendo retrato perfeito do descaso e do abandono da população, com ônibus precários, frota insuficiente e profissionais superexplorados”, diz a nota.
Para eles, o valor do reajuste está acima da inflação: “Esse aumento é de 8,75%, após um ano em que a inflação ficou abaixo da metade disso! E fiquemos atentos, pois o Seturn, que representa os empresários, querem um valor ainda maior!”, diz a nota.
Através das suas redes sociais, o próprio prefeito de Natal afirmou que determinou a tarifa mais baixa do que a decida pelo conselho e pedida pelas empresas de ônibus de Natal:
“Seguimos ao lado do povo! Diminuímos a tarifa aprovada pelo Conselho Municipal de Trânsito. Decidimos contrariar o reajuste aprovado e reduzimos a nova tarifa de R$ 4,35 para R$ 4,25. O valor pode chegar a R$ 4,15 no cartão. Dessa forma conseguimos enxugar e diminuir o valor da tarifa aprovada, considerando toda a questão técnica envolvida nesse processo. As empresas queriam aumentar para R$ 4,68 e também não concordamos.”, afirmou Álvaro Dias.
Após a plenária das entidades estudantis, manifestações pela cidade deverão contra o aumento deverão ser convocadas e aprovadas, semelhante a ocasiões anteriores quando tambem ocorreu aumento da tarifa na capital.