Enquete feita pelo Senado revela que a maioria dos internautas aprova a ampliação da quantidade de assentos para idosos em ônibus urbanos, metropolitanos, semiurbanos e rodoviários interestaduais. O levantamento foi para verificar a opinião sobre PL 6.396/2019 do senador Carlos Viana.
Em linhas gerais, a proposta traz as seguintes alterações.
– Eleva de 10% para 15% o percentual de assentos destinados a maiores de 65 anos em transportes coletivos públicos urbanos e semiurbanos.
– Aumenta a reserva de duas para três vagas gratuitas por ônibus rodoviários interestaduais para idosos com renda igual ou inferior a dois salários-mínimos.
Segundo a Agência Senado, de 102 participantes enquanto a pesquisa ficou no ar entre 02 de janeiro e 03 de fevereiro, 62% concordam com a ampliação da gratuidade, 33% são contrários e 5% disseram não saber, isso no caso dos ônibus com características urbanas.
Sobre os impactos do projeto ainda nos urbanos, semiurbanos e metropolitanos, caso se torne lei, 56% acreditam que a medida vai trazer benefícios, 22% creem que não fará diferença, 17% acham que vai resultar em prejuízos e 6% não sabem.
Já sobre os ônibus rodoviários interestaduais com três assentos gratuitos em vez dos dois atuais, 68% são a favor, 26% acham que não deve haver essa ampliação e 6% não souberam opinar.
Para o senador, em nota da Agência Senado, os idosos necessitam ter mais facilidades nos meios de transporte e o projeto é necessário porque o número de pessoas na chamada terceira idade tem aumentado.
“Há cada vez mais pessoas idosas de baixa renda que, em razão das conquistas sociais de nosso país, têm conseguido se mover mais na sociedade e, por meio da maior mobilidade, reduzir sua vulnerabilidade social”
Em relação aos urbanos, várias cidades têm discutido a possibilidade de que todos os assentos dos ônibus sejam preferenciais, tanto para idosos como para pessoas com deficiência, o que obrigaria as pessoas mais jovens a cederem o lugar, mesmo se não for um assento demarcado.
O Diário do Transporte noticiou projetos aprovados no Grande Recife, Paraíba, Jacareí e Rio de Janeiro, por exemplo.
Já em São Paulo, o prefeito Bruno Covas vetou o projeto de lei que tornaria todos os assentos preferenciais alegando que os ônibus da cidade atendem às normas atuais de acessibilidade e que nem todos os espaços dentro dos veículos apresentam condições adequadas para pessoas com mobilidade reduzida e idosos com dificuldades de locomoção.
Já sobre os ônibus rodoviários, os empresários alegam que as atuais gratuidades elevam o custo da passagem para o usuário pagante, que acaba bancando o benefício, o que pode tornar os serviços caros e desinteressantes em comparação a tarifas áreas e aos preços de aplicativos de carona, como “Blá, Blá, Car” ou ônibus por aplicativo como Buser e 4Bus, que não concedem as gratuidades.
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Fotos: Nivaldo Junior e Luiz Lima – Ônibus Brasil/Ilustração
Diário do Transporte