A Marcopolo encerrou os dez meses fechados do ano com lucro líquido de R$ 140,7 milhões, aumento de 18,2% sobre o resultado de igual período do ano passado. A receita líquida 5,5% maior na mesma base de comparação ao faturar R$ 3,12 bilhões.
Em comunicado, a empresa destaca que o bom desempenho se deve ao mercado interno, que ajudou a sustentar os negócios compensando a queda das exportações. De janeiro a outubro, as vendas para o mercado brasileiro cresceram 16,9% enquanto as exportações apresentaram recuo de 22% no período com receita de R$ 692,5 milhões – a Marcopolo reduziu seus volumes de vendas para os principais mercados, como Argentina, Chile e países da África.
“Após oito trimestres consecutivos de crescimento, a produção brasileira de ônibus mostrou a primeira estabilidade em volumes absolutos no terceiro trimestre deste ano, o que não ocorria desde o terceiro trimestre de 2017. Interpretamos a pausa como um breve respiro frente a uma base comparativa forte estabelecida no mesmo período de 2018 e não como uma interrupção do processo de recuperação da demanda”, analisa o CFO e diretor de relações com investidores da Marcopolo, José Antonio Valiati.
Por segmento, a produção de ônibus urbanos tele leve recuo de 1,7% ao passar de 4.883 para 4.798 unidades, reflexo da redução das exportações. Nos rodoviários, a retração foi de 3,2%, com pouco mais de 3,1 mil unidades. Neste caso a Marcopolo atribui o resultado ao maior volume do ano passado, quando foi gerada uma antecipação de compra relativa à entrada em vigor da norma de acessibilidade nesses modelos em outubro de 2018. Em micros houve leve crescimento dos volumes, com 1.870 unidades.
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