Na maior parte das vezes, os passageiros de ônibus ser orientam pelos letreiros com os destinos dos itinerários e a nomenclatura das linhas com letras e números, como 8200/10 (Terminal Lapa/Terminal Pirituba), 875A/10 (Aeroporto/Perdizes), 546J/31 (Jardim Selma/Santo Amaro), entre outras.
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Numeração 8 0XXX, por exemplo, é nova na empresa Transppass, na zona Oeste. Foto: Diário do Transporte |
Mas para alguns passageiros que usam muito o sistema, outros detalhes também ajudam a identificação, como os prefixos dos ônibus. De tanto pegarem o coletivo, até pelo número na lataria alguns usuários conseguem identificar.
Estes números, porém, estão sendo alterados em empresas da cidade de São Paulo após a assinatura dos contratos de 15 anos da licitação dos serviços.
Antes com apenas dois tipos de linhas, a capital paulista passou a ter três tipos diferentes, chamados de subsistemas.
Por meio de nota ao Diário do Transporte, a SPTrans – São Paulo Transporte, que gerencia a rede, informou que a mudança dos números dos ônibus ocorre de forma gradativa e somente nos veículos das empesas que operam mais de um subsistema.
A SPTrans informa que a única mudança prevista nos prefixos dos ônibus que integram o sistema municipal de transporte coletivo público será com relação às empresas que passaram a operar tanto no subsistema estrutural como no subsistema de articulação regional, sendo que o segundo dígito passa a identificar em qual subsistema aqueles veículos operam.
A mudança será feita gradativamente, como parte da fase de transição entre os subsistemas antigos e o sistema futuro, cujas adequações estão sendo implantadas após a assinatura dos contratos da licitação.
Não estão previstas mudanças nos prefixos das concessionárias que operam em apenas um subsistema.
A rede de ônibus de São Paulo foi divida em três “tipos” de linhas:
– Subsistema Estrutural: Operado pelos ônibus maiores, como biarticulados (28m), articulados (18m, 21m ou 23m) e padrons (13,2m ou 15m). São linhas entre terminais que passam pelo centro, utilizam os corredores e passam pelo centro da cidade. As viações de grupos mais tradicionais são responsáveis pelos serviços, como Gato Preto, Santa Brígida e Gatusa, por exemplo.
– Subsistema de articulação regional: Operado por ônibus convencionais (com motor dianteiro) e padrons. São linhas que fazem os trajetos entre bairros mais afastados até os bairros maiores e mais movimentados dentro de uma mesma região, chamados de centralidades regionais. Por exemplo, Jardim Nove de Julho a São Mateus, na zona Leste. Também pode ligar regiões diferentes, quando os bairros forem limítrofes, mas sem passar pelo centro. É operado pela maior parte das empresas que também atuam no subsistema estrutural.
– Subsistema Local de Distribuição: Liga os bairros mais afastados a terminais e corredores de ônibus e até as estações de Metrô ou da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. Conta com ônibus básicos (motor na frente), mídis (micões), minis e micros. A responsabilidade é das “novas empresas”, companhias que surgiram de cooperativas, como Transwolff, Norte Bus, Pêssego, entre outras.
O passageiro também deve estar atento ao fato de que algumas empresas de grupos tradicionais estão operando com nomes novos, principalmente por causa de dívidas junto à União que impediam que as viações com nomes mais antigos participassem da licitação.
Entre os exemplos de novos nomes estão: Viação Metrópole Paulista S.A. (originada da V.I.P- Transportes Urbanos), Via Sudeste Transportes S.A. (originada da Via Sul); Viação Grajaú S.A. (originada da Viação Cidade Dutra); KBPX (TransKuba).
Com a licitação, os lotes passam a ser de operação das seguintes empresas:
Linhas Estruturais:
E 1 – (Área Operacional Noroeste) – Consórcio Bandeirante de Mobilidade (Viação Santa Brígida Ltda e Viação Gato Preto Ltda);
E 2 – (Área Operacional Norte) – Sambaíba Transportes Urbanos Ltda;
E 3 (Área Operacional Leste) – Viação Metrópole Paulista S.A. (originada da V.I.P- Transportes Urbanos);
E 4 (Área Operacional Sudeste) – Via Sudeste Transportes S.A. (originada da Via Sul);
E 5 (Área Operacional Sul 1) – MobiBrasil Transporte São Paulo Ltda;
E 6 (Área Operacional Sul 2) – Viação Grajaú S.A. (originada da Viação Cidade Dutra);
E 7 (Área Operacional Sudoeste 1) –Viação Metrópole Paulista S.A. (originada da V.I.P- Transportes Urbanos);
E 8 (Área Operacional Sudoeste 2) – Consórcio TransVida (Ambiental Transportes Urbanos S.A., Transppass- Transporte de Passageiro Ltda e RVTrans Transporte Urbano S.A.– originada da Ambiental Transportes Urbanos);
E 9 (Área Operacional Oeste) – Viação Gatusa Transportes Urbanos Ltda
Linhas de Articulação Regional:
AR 1 (Área Operacional Noroeste) – Consórcio Bandeirante de Mobilidade (Viação Santa Brígida e Viação Gato Preto);
AR 2 (Área Operacional Norte) – Sambaíba Transportes Urbanos Ltda;
AR 3 (Área Operacional Nordeste) – Viação Metrópole Paulista S.A. (originada da V.I.P- Transportes Urbanos);
AR 4 (Área Operacional Leste) – Express Transportes Urbanos Ltda;
AR 5 (Área Operacional Sudeste) – Via Sudeste Transportes S.A. (originada da Via Sul);
AR 6 (Área Operacional Sul) – MobiBrasil Transporte São Paulo Ltda.;
AR 7 (Área Operacional Sudoeste 1) – Consórcio KBPX (KBPX Administração e Participação Ltda e Kuba Transportes Gerais);
AR 8 (Área Operacional Oeste) – Viação Gato Preto Ltda;
AR 9 (Área Operacional Sudoeste 2) – Consórcio TransVida (Ambiental Transportes Urbanos S.A., Transppass- Transporte de Passageiro Ltda e RVTrans Transporte Urbano S.A.– originada da AmbientalTransportes Urbanos);
AR 0 – Não tem área operacional específica, em razão de sua vinculação com a rede aérea de alimentação elétrica) – Consórcio TransVida (Ambiental Transportes Urbanos S.A., Transppass- Transporte de Passageiro Ltda e RVTrans Transporte Urbano S.A.– originada da Ambiental Transportes Urbanos)
Linhas Locais de Distribuição:
D 1 (Área Operacional Noroeste) – Consórcio TransNoroeste (Norte Buss Transpores S.A – originada da Transcooper e Spencer Transportes Ltda – originada da Cooper Fênix);
D 2 (Área Operacional Norte) – Consórcio TransNoroeste (Norte Buss Transpores S.A.- originada da Transcooper e Spencer Transportes Ltda – originada da Cooper Fênix);
D 3 (Área Operacional Nordeste 1) – Transunião Transportes S.A – originada da garagem 3 da cooperativa Associação Paulistana. ;
D 4 (Área Operacional Nordeste 2) – UPBus Qualidade em Transportes S.A – chegou a se chamar Qualibus, originária da garagem 2 da Associação Paulistana.;
D 5 (Área Operacional Leste 1) – Pêssego Transportes Ltda – originária da antiga Transcooper Leste;
D 6 (Área Operacional Leste 2)– Allibus Transportes Ltda – originária da garagem 1 da Associação Paulistana;
D 7 (Área Operacional Sudeste 1) – Transunião Transportes S.A, originária da antiga garagem 3 da Associação Paulistana e Imperial Transportes Urbanos Ltda – originária da Cooperativa Nova Aliança;
D 8 (Área Operacional Sudeste 2) – Move Buss Soluções em Mobilidade Urbana – antigo Consórcio Aliança Cooperpeople – Garagem Coopertranse Ltda;
D 9 (Área Operacional Sul 1) – A2 Transportes Ltda – originária da CooperLíder;
D 10 (Área Operacional Sul 2) – Transwolff Transportes e Turismo Ltda – originária da Cooper Pam;
D 11 (Área Operacional Sudoeste 1) – Transwolff Transportes e Turismo Ltda – – originária da Cooper Pam;
D 12 (Área Operacional Sudoeste 2) – Auto Viação Transcap Ltda – originária da Unicoopers;
D 13 (Área Operacional Oeste) – Alfa Rodobus Transportes S.A. – originária da Cooper Alfa.
Diário do Transporte