Uma pesquisa feita pela Ipsos, encomendada pela empresa 99, sobre comportamento e percepção do brasileiro em relação à mobilidade urbana, mostra que dentre os proprietários de veículos, 30% abririam mão do carro em prol de outros meios de transporte.
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Segundo o levantamento, uma melhor integração entre os transportes é o desejo de grande parte dos entrevistados. Para o engenheiro Sérgio Ejzenberg, mestre em transportes pela USP, a substituição do carro já é uma tendência entre os jovens.
“Os mais velhos têm o carro por hábito. Os mais jovens estão pensando que não vale mais a pena”, explica. “Quando você tem outra opção que viabiliza essas questões, as pessoas começam a fazer contas e consideram as vantagens e desvantagens de ter um veículo”, explica.
De acordo com o estudo, dos entrevistados que não possuem carro, 11% tinham e deixaram de ter nos últimos cinco anos. Entre as principais razões, o gasto com o veículo é o mais citado. Já 5% dizem que abriram mão por uma mudança no estilo de vida.
A pesquisa aponta que os entrevistados usam, em média, três modalidades de transporte por semana. Entre as principais, 70% andam a pé, 46% utilizam ônibus e 43% o carro particular. Ainda segundo a pesquisa, 18% dos entrevistados usam serviços de aplicativo para se locomover.
“A combinação de modais é a forma de ter mais acesso à cidade”, explica Pamela, diretora de Relações Públicas da 99. “A gente vê uma ascensão do uso do aplicativo como um conector da casa para o transporte público”, avalia.
Ainda segundo o estudo, os brasileiros gastam em média 1h20 para se deslocar (ida e volta) para a atividade principal do dia. Esse gasto é de 2h07 para cumprir todos os deslocamentos diários. Considerando 127 minutos por dia, o brasileiro fica 773 horas – ou seja – 32 dias no trânsito por ano.
As classes C e D/E são as que mais tempo levam para se locomover: 129 minutos para a classe C, e 130 minutos para as classes D/E. As classes A e B levam 94 e 124 minutos, respectivamente.
As regiões campeãs em tempo gasto na locomoção são a Sudeste (144 minutos) e a Nordeste (132 minutos). A pesquisa foi realizada com 1.500 pessoas em domicílio, entre 29 de abril e 8 de maio, com margem de erro de 2,5 pontos percentuais.
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