Paraná: Transporte público de Apucarana tem 1ª mulher motorista em 45 anos

Pela primeira vez em 45 anos de transporte público em Apucarana, uma mulher está no volante de um ônibus da Viação Apucarana Ltda (VAL), empresa responsável pelo serviço no município desde 1974. Gisele Cristina Serafim da Silva, de 35 anos, é a responsável pela linha Núcleo Habitacional Adriano Corrêa/Centro.
Gisele Cristina Serafim da Silva dirige micro-ônibus da linha Adriano Corrêa/Centro (Foto: TNOnline)
A apucaranense está há um mês na função. Ela é a única mulher entre 90 motoristas.
“Estou realizando um sonho”, explica Gisele, que tem carteira “E”, que habilita para direção também de carretas – para ônibus basta a carteira “D”.
O primeiro dia de trabalho jamais será esquecido pela apucaranense. Ela conta que os olhares dos passageiros estavam todos voltados para ela.
“Está sendo muito bom. Os passageiros são bem receptivos comigo, principalmente as mulheres, que gostam de ver alguém do mesmo sexo na boleia”, comenta.
Mesmo atuando numa profissão historicamente ligada ao universo masculino, ela assinala que não enfrenta preconceito e tem o respeito dos colegas. Para Gisele, que dirige um micro-ônibus da empresa, ser a primeira motorista do transporte coletivo de Apucarana é motivo de orgulho.
“Fico muito feliz e espero incentivar outras mulheres a conquistar seu espaço na profissão que elas sonham. Não tem motivo para preconceito. Somos todos capazes de alcançar nossos objetivos e sonhos”, reforça a apucaranense.
Gisele é casada há 16 anos com Adalto de Paula da Silva, 36, com quem tem um filho, o estudante Pedro Augusto, 15. A família vive no Núcleo Habitacional João Paulo e sempre a apoiou.
“O Adalto é um ótimo marido e foi a pessoa que mais me incentivou. Ele não me deixou desistir desta paixão por dirigir veículos de grande porte”, conta a motorista, que antes trabalhava no setor de confecções na cidade.
Para Leozé dos Santos, encarregado operacional da VAL, é um prazer receber a nova integrante.
“A empresa demorou para ter uma mulher dirigindo, mas por falta mesmo de mão de obra. Estamos abertos para receber homens e mulheres na Val. Estamos felizes”, explica o funcionário da empresa.
Ed Notícias

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