Operação de mais antigo monotrilho do Japão será interrompida em novembro deste ano

Um dos monotrilhos mais antigos do mundo, e o mais antigo do Japão, está com seus dias contados. Ou não…
Localizado no mais antigo zoológico de Tóquio, o alto custo de manutenção seria a causa, mas as autoridades ainda ponderam sobre sua extinção
Localizado no zoológico de Ueno, em Tóquio, o mais antigo zoológico do país, inaugurado em 1882, o monotrilho tem apenas 300 metros de extensão, e será interrompido em novembro de 2019 após operar por 62 anos.
O governo metropolitano informou na semana passada que um dos motivos é o estado dos trens atuais, que estão “envelhecendo”, somado aos elevados custos operacionais. Os carros atuais são usados desde 2001.
A suspensão dos serviços, no entanto, não significa seu fim. Pelo menos isso não ficou explícito na declaração das autoridades japonesas. Desta forma, não se sabe se, após um período desativado, o serviço não voltará a operar no futuro.
O zoológico começou a operar o monotrilho em 1957. Com os trens pendurados com braços apenas de um lado, o sistema nasceu de um projeto piloto, cujo objetivo era estudar alternativas aos bondes no período pós-guerra.
O monotrilho opera com dois carros, que se dividem entre o lado leste e o lado oeste do zoológico. A viagem é curta, dura apenas 90 segundos e custa ¥ 150 (pouco mais de R$ 5). Em média, transporta mais de 1 milhão de passageiros por ano.
Enquanto o monotrilho estiver fora de circulação, serão utilizados veículos elétricos que trafegarão não mais nas alturas, mas nas ruas do zoológico, segundo informou o governo metropolitano de Tóquio, que administra o Zoológico de Ueno.
REATIVAÇÃO
O governo metropolitano terá pela frente uma dura decisão sobre reativar ou não o sistema. De um lado, os custos elevados que ele representa. De outro, sua grande popularidade entre os frequentadores do Zoológico de Ueno, o que ajuda a atrair frequentadores. As filas para a curta viagem demoram em média 30 minutos.
Como não há outra linha de monotrilho no Japão que use modelos similares aos do zoológico, isso significa que o governo terá de encomendar a fabricação de novos carros, o que pode levar três anos. As autoridades avaliam o alto custo da operação, o que inclui ainda o gasto com energia e outras instalações.
Mesmo assim, segundo informações da imprensa japonesa, um funcionário do governo metropolitano insinuou que é prematuro tomar qualquer decisão final sobre a manutenção do monotrilho.
Diário do Transporte

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