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É domingo de manhã e você dá um pulo até o mercado porque falta sal grosso para o churrasco. Antes de alcançá-lo no fim da gôndola, acaba apanhando também palitos, guardanapo e uma garrafa de refrigerante. Foi pensando nessa oportunidade de vender mais do que aquele único item que o caminhoneiro procura quando encosta no balcão que a Mercedes-Benz e a concessionária De Nigris montaram na revenda de Sorocaba o Mercado de Peças.
A loja ocupou um espaço antes mal-aproveitado e trouxe um bom resultado desde agosto, quando foi aberta. “Já aumentamos nossas vendas em 10%”, afirma o diretor das concessionárias De Nigris de Sorocaba, Itu e Itapeva, Afábio de Freitas, sem revelar o investimento.
Com jeitão de mercadinho e cerca de 300 metros quadrados, a estrutura tem prateleiras, cestos com itens em oferta, peças originais Mercedes, Alliance (multimarcas) e Renov (remanufaturadas).
“Precisávamos quebrar o mito de que os preços cobrados na concessionária são altos”, recorda Freitas.
A estrutura de atendimento do antigo balcão ainda está lá, mas o mercado colocou o cliente em contato direto com cerca de 200 peças, acessórios e seus valores. Freitas recorda que uma concessionária tem em média 10 mil itens, mas 800 destes respondem por 80% das vendas. Se parte disso estiver ao alcance dos olhos e das mãos, melhor.
A montadora bancou o projeto arquitetônico e ajudou a De Nigris com os fornecedores de equipamentos e comunicação visual. “Trouxemos nossa experiência com lojas desse tipo na Europa e nos Estados Unidos. Até o fim do ano que vem deve haver pelo menos mais cinco unidades como esta, uma em cada Região”, diz a gerente de vendas e marketing de peças e serviços, Jaqueline Marzola.
O mercadinho montado na De Nigris tem um caixa semelhante aos tradicionais, mas mantém o atendimento especializado para consulta de serviços, peças grandes ou de menor giro. A montadora também fornecerá projetos arquitetônicos menores que este para concessionárias com espaço restrito, mas sempre respeitando a identidade visual que se vê na unidade de Sorocaba.
Em algumas revendas haverá apenas uma parede e prateleiras. Também se estuda a possibilidade de mercados maiores e até do lado externo da concessionária a fim de chamar a atenção de mais motoristas.
Jaqueline recorda que é essencial que seja algo atrativo e os resultados dos próximos seis meses trarão respostas sobre o que não pode faltar na prateleira. “Hoje, as peças Renov têm participação de 8%. É possível que essa fatia seja ampliada. Mas o importante mesmo é manter o cliente dentro da rede”, conclui Jaqueline.
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