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Matéria do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte, publicada nesta quinta-feira, dia 20 de setembro de 2018, destaca as principais reclamações dos usuários do transporte coletivo da capital mineira.
A matéria destaca as reclamações feitas à BHTrans – Empresa de transportes e Trânsito de Belo Horizonte, empresa pública que gerencia e fiscaliza o sistema de transportes da cidade.
De acordo com a matéria, de janeiro a junho deste ano já foram registradas 7.068 queixas, 14% a mais quando comparado ao mesmo período de 2017.
Outro ponto que a matéria destaca é a quantidade de multas aplicadas às empresas, que nos primeiros seis meses de 2018 receberam 12.853 punições.
Dentre as principais queixas apresentadas pelos usuários do sistema de ônibus de BH, a mais citada refere-se aos motoristas que não param nos pontos de embarque e desembarque, com 2.099 registros, quase 30% do total.
O motorista segue sendo o alvo das reclamações quando o usuário de queixa do comportamento inadequado: 1.877 registros, 26% do total.
O descumprimento do quadro de horários das linhas vem a seguir, com 1.290 citações (18%).
Usuários ouvidos pela reportagem atribuem o aumento das queixas à retirada dos cobradores de várias linhas, o que teria afetado a qualidade do serviço ao sobrecarregar os motoristas.
Outro ponto citado pela matéria, e que indicaria a queda na qualidade do transporte, é quanto à situação dos ônibus: nos primeiros seis meses deste ano a BHTrans emitiu 1.178 suspensões de tráfego, punição que proíbe a circulação do ônibus por conta de algum problema.
O jornal ouviu a BHTrans, que afirma fazer vistorias nos ônibus nas garagens das empresas e nos pontos finais das linhas. Nessas ocasiões são verificados cerca de 80 itens, que vão desde o estado de conservação dos pneus e freios, até o funcionamento das portas e elevadores. Itens como limpeza e condições dos bancos, janelas e ar-condicionado também são verificados pelos fiscais. Havendo casos graves que possam afetar a segurança dos usuários, os veículos são recolhidos.
Em nota a empresa pública afirmou que a fiscalização do transporte coletivo está estabelecida nos contratos de prestação de serviço assinados entre as concessionárias e a prefeitura. “Apenas com todos os itens em acordo com as normas de segurança é emitida a autorização de tráfego para que o veículo possa prestar o serviço à população e cabem as empresas operadoras, por meio de suas garagens, fazer trabalhos de manutenção preventiva e corretiva em seus veículos”.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) também foi ouvido pela reportagem. Afirmando que manutenção da frota está em dia, o SetraBH afirma “erros de fiscalização” por parte da BHTrans, “já que muitos veículos recolhidos apresentavam pequenas avarias, muitas vezes causadas por vândalos, que poderiam ser consertadas nos intervalos entre as viagens”.
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