Entre 2007 e 2017, apenas em rodovias federais policiadas, foram registrados 1,65 milhão de acidentes, média de 411,3 por dia. No mesmo período, 83.481 pessoas morreram nessas estradas, o que corresponde a mais de 20 mortes por dia. Essas estatísticas indicam que o Brasil apresenta um atraso de 35 anos em relação aos países desenvolvidos, onde quantidade semelhante de mortes e de acidentes rodoviários era um problema do início da década de 1980.
Esses são alguns dos resultados do estudo “Acidentes Rodoviários e a Infraestrutura”, divulgado nesta segunda-feira (4) pela CNT (Confederação Nacional do Transporte). O documento apresenta os principais fatores que contribuem para a ocorrência dos acidentes e faz uma relação entre eles e as características da infraestrutura rodoviária existente nos locais das ocorrências.
O estudo é baseado no registro de acidentes com vítimas ocorridos em rodovias federais de todo o país realizado pela Polícia Rodoviária Federal e nos resultados da Pesquisa CNT de Rodovias 2017.
O trabalho da CNT também aponta a frequência e a gravidade dos acidentes segundo o tipo de infraestrutura existente, mapeando, ainda, os cem trechos rodoviários onde se concentra o maior número de mortes.
“Esse estudo comprova que há uma forte relação entre os acidentes e a qualidade das rodovias. São dados consistentes que, mais uma vez, comprovam a necessidade de realização de fortes investimentos em infraestrutura de transporte”, afirma o presidente da CNT, Clésio Andrade.
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