Teresina será pioneira no mundo no uso de Blockchain no transporte público

A capital do Piauí será a primeira cidade do mundo a usar a tecnologia Blockchain para gestão do transporte público. O sistema blockchain, que na tradução livre significa cadeia de dados, é uma forma de validar informações e transações, é como se fosse um grande “livro de registro”.
Por meio desse sistema, a gestão municipal armazenará de maneira digital, segura, eficiente, em único lugar e acessível à população, todas as informações relativas ao transporte coletivo, como cumprimento de ordens de serviço, relatórios de viagens, dentre outras. O objetivo é melhorar os serviços e aproximar a sociedade de processos de tomada de decisão na gestão pública, proporcionando essa comunicação confiável e direta.

A iniciativa de aplicar no transporte público, pioneira no mundo, foi desenvolvida pela Prefeitura de Teresina, por meio da Secretaria Municipal de Planejamento e Coordeanção (Semplan) e Agenda 2030, em parceria com a Organização dos Estados Americanos (OEA), por meio de sua escola de governo aberto, e com a Fundação Hyperledger. 
O projeto da Prefeitura de Teresina, que é denominado ‘Observatório da Mobilidade: blockchain para a co-gestão do transporte público’, já foi selecionado pelo Fundo Europeu para o Clima e receberá o investimento de 300 mil euros. Por se tratar de uma estratégia inédita de urbanismo, a proposta pode se beneficiar do apoio das agências implementadoras do programa Euroclima+, assim como dos fundos da União Europeia.
“A Prefeitura de Teresina tem feito todo o investimento na parte de infraestrutura, como construção de terminais, corredores, então a gente precisa saber se a operação do sistema deles está adequada e como é que a gente faz o controle da operação. A administração municipal já faz esse monitoramento, mas buscamos algo mais tecnologicamente evoluído. A gente então elaborou uma proposta que pudesse melhorar o transporte público na sua gestão”, ressaltou a coordenadora da Agenda 2030 em Teresina, Gabriela Uchoa. “Então esse projeto inovador de Teresina que sistematiza essa gestão da operação e faz ela transparente, aberta para população, num sistema que é o blockchain, que não pode ser modificado, alterado, qualquer modificação que é feita é rastreada. A ideia é que se crie um comitê de co-gestão e monitoramento desse dados e validação deles e toda essa parte de funcionamento que envolve o transporte coletivo seja monitorado através do sistema blockchain”, explicou Gabriela.
Visando transformar Teresina em cidade inteligente, do futuro e sustentável, o blockchain no transporte público trará para o município o aumento da confiabilidade entre os envolvidos no sistema de transporte e melhora do serviço; o compartilhamento de responsabilidades pelo bom funcionamento do transporte público e aumento de sua eficiência; e a priorização de que o transporte público tenha impacto na redução da emissão de gases de efeito estufa.
Como funciona o Blockchain
Blockchain refere-se a registros digitais distribuídos. Uma de suas características é o seu mecanismo de gerar acordo ou consenso acerca de uma nova transação. Cada nova informação gerada sobre um tema aparece como um novo “bloco” em uma cadeia de informações. A incorporação do bloco à cadeia é a forma como se validam as transações. A validação de informação é feita pelos participantes de uma rede por meio de votação, assinatura digital ou similar.
Isso significa que nenhuma informação pode ser alterada sem que todos os envolvidos que compõem a rede tenham conhecimento desta alteração. Incorporar o blockchain a temas complexos como a gestão de sistemas urbanos, por exemplo, significa aumentar a transparência e, consequentemente, a eficácia da operação destes sistemas.
Portal AZ

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