A biometria facial tornou-se obrigatória nos ônibus do Distrito Federal. Uma portaria publicada no Diário Oficial desta quarta-feira, 2 de maio, indica que as operadoras de transporte público tiveram até segunda-feira, 30 de abril, para instalar a tecnologia.
A frota de ônibus de Brasília é composta por aproximadamente 2,8 mil veículos. Todos devem estar equipados com o sistema.
O DFTrans (Transporte Urbano do Distrito Federal) informou que as concessionárias só vão receber o repasse do governo referente a gratuidades de passageiros que foram identificados por meio da biometria.
A fiscalização dos coletivos, para saber se a norma foi cumprida, será feita pela Subsecretaria de Fiscalização, Auditoria e Controle, da Secretaria de Mobilidade. Os custos da implantação da biometria facial são arcados pelas próprias empresas que operam no sistema: Marechal, Pioneira, Piracicabana, São José e Urbi.
A biometria facial já identificou e suspendeu 7 mil cartões do Passe Livre Estudantil e de pessoas com deficiência. Com a identificação de fraudes, a economia esperada é de R$ 20 milhões ao ano.
COMO FUNCIONA
A biometria facial foi implantada no sistema de transporte público a partir de maio de 2017. A tecnologia capta as imagens de quem passa pela catraca e um software compara com as fotos cadastradas no sistema.
Quando o programa identifica alguma diferença automaticamente, o próximo passo é uma análise virtual para conferir se é ou não uma fraude.
Caso seja identificada alguma irregularidade, o benefício é suspenso e um processo administrativo é aberto para que o passageiro apresente defesa. “Após esse bloqueio, se for estudante, o benefício só poderá ser pedido novamente no semestre letivo seguinte e, se for pessoa com deficiência, em 12 meses” – disse o diretor-geral do DFTrans, Marcos Tadeu de Andrade.
Diário do Transporte