Cresce o número de ônibus urbanos que oferecem Wi-fi gratuito

O acesso pode ocorrer de várias formas, ser de graça ou não para o usuário, mas a realidade é que o uso da internet sem fio está cada vez mais disseminado na vida do brasileiro. E o celular já é o principal meio de entrada, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para melhorar a experiência de viagem dos passageiros, empresas de transporte coletivo e municípios estão disponibilizando em alguns ônibus de suas frotas e em terminais e estações o acesso à internet por meio de Wi-Fi, ou internet sem fio. A disponibilidade desse recurso é feita de várias formas e, em alguns casos, em parceria com empresas provedoras da tecnologia.
Em uma pesquisa por amostragem realizada pela NTU com um grupo de empresas de 15 cidades brasileiras (das quais 12 capitais), 14 informaram utilizar comunicação via internet para algum tipo de serviço. Destas, seis (todas de capitais) disponibilizam o serviço de Wi-Fi aos passageiros, sendo três nos ônibus da frota e as outras três em terminais e estações. 
No entanto, em muitos casos esse serviço diferenciado é bancado totalmente pelo operador, aumentando os custos do transporte. Em Florianópolis (SC), seis terminais de ônibus que oferecem o Wi-Fi geram um custo adicional para as cinco operadoras de R$40.427,00 por mês. Lá, cerca de 120 mil clientes utilizam a internet sem fio e têm acesso limitado a uma hora por dia para cada terminal, segundo o Consórcio Fênix. 
A criação do aplicativo Floripanoponto – que fornece informação em tempo real aos usuários – foi o principal motivo para a disponibilização do Wi-Fi aos passageiros. Porém, esse tipo de oferta traz alguns problemas. “As principais dificuldades são de ativação de cadastro e troca de senha, demandas exigidas pelo Marco Civil da Internet, que obriga o cliente do transporte a ter que fazer um login para acessar a rede ao invés de se conectar automaticamente”, disse o consórcio. 
Já em Cuiabá (MT), a internet pode ser acessada nos ônibus da frota desde 2016. Atualmente, 115 veículos de cinco empresas diferentes dão acesso aos usuários que possuem o cartão de bilhetagem eletrônica do sistema. Uma média de 3.500 usuários faz uso do Wi-Fi por dia, viajando com mais comodidade. 
Para Ricardo Caixeta, presidente da Associação Matogrossense dos Transportadores Urbanos (AMTU), a intenção das empresas em instalar o Wi-Fi nos ônibus foi deixar a viagem mais atrativa e acabar com o tempo ocioso do usuário. Sobre o custo, ele diz que a ideia inicial era de gerar receita com esse serviço. 
“Quando decidimos pela instalação do Wi-Fi achávamos ser possível explorar a publicidade através do serviço, gerando receita para pagar o custo mensal, ficando as empresas apenas com o custo de implantação. Hoje o custo ainda está sendo bancado totalmente pelas empresas; em virtude disso, temos algumas restrições para o uso com objetivo de não deixar o custo subir muito”, explicou.
Apesar do custo para o operador, o serviço tem sido aprovado pelos usuários. De acordo com pesquisa da Agência Municipal de Regulação e Fiscalização dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (ARSEC), as linhas que possuem Wi-Fi são as que apresentam o menor índice de reclamação. “Com base na Pesquisa de Satisfação realizada pela Arsec em 2017, foi possível destacar que, dentre as 38 linhas pesquisadas no município, 16 delas possuem internet, sendo que 20% dos usuários dessas linhas consideram o serviço oferecido de boa ou ótima qualidade”, disse Alexandre Bustamante, presidente da Arsec.
Em Fortaleza (CE), o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) informou que, atualmente, as empresas fornecem Wi-Fi em 979 ônibus da frota. Já a internet dos terminais é disponibilizada pela prefeitura. No caso dos ônibus, a internet é liberada sempre que o carro está em operação, ou seja, quando a viagem é iniciada.
Os usuários têm acesso aos seguintes conteúdos: redes sociais; jornais locais; site das operadoras de transporte, Sindiônibus e vale-transporte; site governamentais (.gov) e Webmail (Hotmail, Gmail, Uol). Os ônibus são conectados por meio de chips de operadora de celular e o serviço é custeado pelo próprio Sindiônibus.
O uso do WI-FI
Nos dados da ‘Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação no Brasil (TIC Domicílios), mais de 100 milhões pessoas tiveram acesso ao mundo virtual por meio de Wi-Fi em 2016. O estudo desenvolvido pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (CETIC.br) revela ainda que as classes D/E são as que mais utilizam os acessos públicos de internet. A Pesquisa Mobilidade da População Urbana 2017, realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), em parceria com a NTU, mostra que essas classes sociais (D/E) são as mesmas que mais utilizam o transporte coletivo pelo modal ônibus para se locomover nas cidades.
Uso da internet no transporte coletivo
• Sistemas de Bilhetagem Eletrônica
• Sistemas demonitoramento
• Sistemas de informações aos usuários
• Comunicação com o Centro de Controle
Operacional (CCO)
• Wi-Fi para o usuário
NTU

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