Bloco ‘Eu Acho é Caro’ transporta passageiros de graça no Recife

O bloco Eu Acho é Caro, criado em janeiro de 2018 para protestar contra o aumento de tarifas de ônibus no Grande Recife, saiu novamente para transportar passageiros de graça nas ruas da capital pernambucana. O coletivo partiu por volta das 9h30 deste domingo (18/03) da Praça da Convenção, em Beberibe, bairro da Zona Norte do Recife, com destino à Praia do Pina, na Zona Sul, onde chegou por volta das 11h.
Foto: Guga Matos/JC Imagem

Com o tema Bota as planilhas no Sol, Governador!, a proposta do grupo é exigir transparência do governo do Estado no que se refere aos custos do transporte público na região metropolitana. O percurso, realizado com tarifa zero, teve paradas no Largo da Encruzilhada, Praça do Derby e Coque (próximo ao T.I. Joana Bezerra), numa única viagem.
“Essa é a nossa segunda saída, desde a criação do bloco Eu Acho é Caro. Nós fazemos uma atividade lúdica para chamar a atenção da população para a possibilidade de aumento de passagens dos ônibus”, declara a ativista Lígia Lima, da Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo). “O governo precisa dar informações que justifiquem aumento de tarifa”, ressalta Lígia Lima.
JUSTIÇA
Segundo ela, até o momento o governo ainda não apresentou à Justiça as informações solicitadas sobre os custos do transporte público de passageiros. A assessoria de imprensa da Grande Recife Consórcio de Transportes disse que as informações solicitadas em janeiro de 2018 já foram encaminhadas à Justiça e que não há novidades sobre reajuste de tarifas.
“Não estava sabendo deste ônibus, mas achei a ideia muito boa”, afirma o comerciário aposentado Severino Ramos, morador de Água Fria, na Zona Norte do Recife. Ele embarcou no Largo da Encruzilhada e desceu na Praça do Derby, na área central da cidade. “É um protesto contra aumento de passagens? É bom que isso aconteça”, destaca Severino Ramos, antes de desembarcar.
O Eu Acho é Caro é formado por organizações da sociedade civil, como Movimento RUA – Juventude Anticapitalista, Centro Popular de Direitos Humanos, Grupo Contestação, Coletivo Anarcofestivo Ocupe Estelita, CicloAção, UEP e Ameciclo, entre outras.
Jornal do Commercio – PE

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