O BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social anunciou agora nesta terça-feira, 06 de março de 2018, uma série de alterações em custos e prazos de financiamentos para obras de mobilidade urbana e compra de ônibus novos.
Ilustração |
Os spreads, que são as taxas de remuneração da operação de crédito, foram reduzidos de 1,87% para 1,27% ao ano em financiamentos indiretos (intermediados por outros bancos) para a compra de equipamentos, caminhões e ônibus por pequenas e médias empresas. Entretanto, a taxa para a aquisição destes veículos por grandes empresas subiu de 1,87% para 2,1%.
O banco também anunciou mudanças na cobertura dos valores dos bens financiados.
“No caso de micro, pequenas e médias empresas, a participação máxima do BNDES pode chegar a até 100% em todas as linhas de financiamentos. Para grandes empresas, a participação máxima do BNDES é de 80% no caso de projetos considerados incentivados (aqueles dos setores prioritários) e de 60% nos demais casos.” – diz nota da assessoria de imprensa.
OBRAS E PROJETOS DE MOBILIDADE URBANA:
O banco de fomento também alterou as taxas e prazos para obras de mobilidade urbana.
Os projetos de grande porte para área de mobilidade urbana, acima de R$ 20 milhões, terão redução da taxa de remuneração de 1,7% para 1,3% ao ano.
O prazo do financiamento também foi ampliado e passa do limite de 20 anos para até 34 anos.
Os projetos voltados para energias alternativas terão prazos de até 24 anos.
Em nota, o BNDES ainda detalhou as mudanças para os projetos nas áreas de segurança pública, inovação, meio ambiente, energia solar, saneamento, tratamento de resíduos sólidos e qualificação profissional.
Ainda segundo a nota à imprensa, as mudanças fazem parte da política anunciada em janeiro quando entrou em vigor a Taxa de Longo Prazo – TLP, que substituiu a Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP como taxa básica das operações do Banco.
As principais mudanças são: alongamento dos prazos máximos de financiamento, cálculo dos limites de participação atrelados ao investimento total e redução do spread básico. A diminuição dos spreads (que é a taxa por meio da qual o BNDES se remunera) terá foco nos setores prioritários, definidos a partir do processo de Reflexão Estratégica que está em curso no Banco.
Assim, as taxas cobradas pelo BNDES cairão de 1,7% ao ano para 0,9% a.a em projetos nas áreas de segurança pública, inovação, meio ambiente, energia solar, saneamento, tratamento de resíduos sólidos e qualificação profissional. Nos demais casos, os spreads podem chegar a até 2,1% a.a, com faixas intermediárias de 1,3% a.a. e 1,7% a.a.
Outra mudança relevante é o alongamento dos limites para estabelecimento de prazos, tanto de carência quanto de amortização, que irá beneficiar, sobretudo, os financiamentos a projetos de infraestrutura. Investimentos em ferrovias, rodovias, hidrovias e mobilidade urbana poderão ter prazos de até 34 anos.
Há outras três faixas de prazo: podem chegar a até 24 anos, projetos de energias alternativas, portos, aeroportos, exportação e desenvolvimento regional. Financiamentos a educação, saúde, segurança e telecomunicações, entre outros, têm prazo de até 20 anos. Para capital de giro, o prazo máximo foi mantido em 5 anos.
A partir de agora, o BNDES também passará a calcular o percentual máximo de participação dos seus financiamentos com base no investimento total do projeto, e não apenas em cima dos itens financiáveis. A mudança está em linha com prática usual de mercado.
Diário do Transporte