A trajetória da Expresso Oceano

Informação do portal Busão de Natal confirmou a incorporação
da Expresso Oceano pela có-irmã Transportes Guanabara

Expresso Oceano: empresa chega ao fim
Mais uma empresa de transporte coletivo do Rio Grande do
Norte chega ao fim. Desta vez, foi a Expresso Oceano, que, segundo o portal
Busão de Natal, foi incorporada pela Transportes Guanabara – sua proprietária.
Até então, as empresas, que pertencem ao mesmo grupo empresarial, eram
divididas de acordo com suas operações: a Guanabara era responsável pelas
linhas urbanas em Natal, e a Oceano cuidava das linhas semi-urbanas,
metropolitanas e intermunicipais, ligando Natal a cidades vizinhas. A partir de
agora, a Guanabara será a responsável por todas as operações.

A Oceano foi criada em meados dos anos 1990. Até então, a divisão da operação de linhas pelo grupo ocorria
apenas entre Guanabara – que operava linhas urbanas e semiurbanas – e a TranSul
para as linhas intermunicipais. A criação da Oceano unificava a operação
intermunicipal da Guanabara, diferenciando da área urbana – que ficou com a
Guanabara.
 
Operação de linhas intermunicipais retornam à Guanabara
O grupo foi pioneiro na divisão da operação – o que ao longo
dos anos 2000 foi seguido por outras empresas, como a Santa Maria e Via Sul,
que criaram novas razões sociais e até mudanças operacionais (como código dos
ônibus, no caso da Santa Maria) para diferenciar as atuações urbanas e da
grande Natal. Há o caso ainda mais emblemático da Cidade das Dunas, que passou
a se dedicar às linhas intermunicipais e criou outra empresa, a Cidade do
Natal, só para a operação urbana, em 2007. Agora, a Guanabara segue o caminho
inverso, unindo as operações de volta a apenas uma empresa.
Ao longo de sua existência, a empresa teve uma frota
composta de carros comprados zero quilômetro, e de veículos repassados da
proprietária Guanabara. Além deles, também havia os veículos rodoviários – que,
dentro do grupo, eram conhecidos como “Oceano Sul”, fazendo referência às
linhas rodoviárias operadas pela empresa, herdadas da antiga TranSul.
Atualmente, a área rodoviária da empresa conta apenas com a linha Natal X Pipa,
um dos principais destinos turísticos do Rio Grande do Norte.
 
 
No início de suas operações, os veículos urbanos tinham a
pintura com predominância da cor amarela. Os rodoviários tinham predominância
da cor branca, com os para-choques pintados de azul. Em meados de 2006, a
empresa resolveu padronizar a pintura branca nos veículos. Alguns ônibus
chegaram a ser reformados e passaram a receber a mesma pintura dos ônibus
rodoviários.
 
Entre as renovações compradas zero quilômetro pela Expresso Oceano,
a empresa teve as carrocerias Picollo, S21, VIP I e Foz Super da Induscar Caio,
além de Senior GV, Torino, Senior GVII e Senior Midi, da Marcopolo. A última
renovação com ônibus de fábrica foram unidades do Foz Super II, da Caio
Induscar, em 2011. A empresa também teve as carrocerias Vitória, Alpha,
Urbanus, Urbanuss e Spectrum, repassados da Guanabara ou comprados usados.
Entre os chassis, Mercedes-Benz, Volkswagen e Scania fizeram parte da frota da
empresa. Já na Oceano rodoviária, diversas carrocerias das marcas Marcopolo e
Busscar fizeram parte de sua frota.
Atribuindo concorrência ilegal de clandestinos, em 2009 a
empresa deixou de operar diversas linhas metropolitanas e rodoviárias, como, por
exemplo, Genipabu/Natal, Ceará-Mirim/Natal (centro) e Nova Cruz/Natal, via
Goianinha, se concentrando nos destinos mais vantajosos financeiramente e reduzindo
significativamente sua atuação. As linhas semi-urbanas, na qual a empresa
utiliza o mesmo sistema de bilhetagem de Natal desde que foi lançado, em 2005, e
que têm boa parte dos trajetos semelhantes às linhas urbanas não tiveram
modificações.
Entre 2010 e 2011, quando a Transportes Guanabara foi
vendida ao grupo pernambucano da Empresa Metropolitana, a Oceano foi vendida conjuntamente.
Desde então, as empresas passaram a ter o mesmo layout e receberam ônibus
vindos de Pernambuco como forma de diminuir a idade média de suas frotas. Após
a venda, apesar de a Guanabara ter recebido veículos novos em três ocasiões, a
Oceano não recebeu nem um ônibus de fábrica.
A decisão de encerrar as atividades da Oceano foi tomada
pelo atual grupo que a administra, a empresa Metropolitana. Ainda de
acordo com o Busão de Natal, a Guanabara assume a operação das linhas Oceano e
todos os seus funcionários, assegurando os direitos trabalhistas e
previdenciários de todos. Segundo o site, a frota que pertenceu a Oceano deve circular
com o nome da empresa até os primeiros meses de 2018, quando os veículos serão
descaracterizados e ganharão o nome Guanabara.

Apesar do fim das atividades, a Oceano e Guanabara dividiam
as mesmas garagens, administração e estrutura.
O Busão de Natal informou ainda que o último dia de atividade útil da
Oceano foi na última quinta-feira, 21 de dezembro, data em que o registro da
empresa foi encerrado na Junta Comercial do Estado, transferindo as atividades
da Oceano para a Guanabara.
Fotos: Acervo UNIBUS RN

1 comentário em “A trajetória da Expresso Oceano”

  1. show excelente matéria, e uma pena que não iremos mais ver a pintura da oceano pelas ruas. Eu sempre quis saber se a guanabara tinha possuido um urbanus 90, que prefixo ele tinha na guanabara? ou foi comprado de outra empresa?

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