Uma restrição orçamentária imposta pelo Governo Federal ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) resultou na desativação e remoção da maioria dos equipamentos de fiscalização de trânsito nas rodovias do Rio Grande do Norte. Ao todo, sete estradas federias e 164 faixas de tráfego não estão sendo monitoradas. A previsão da Superintendência Regional do DNIT é que o serviço se normalize somente em março do próximo ano.
Equipamentos foram cobertos e estão inoperantes desde ontem – Foto: Divulgação/Portal no Ar |
Os equipamentos do tipo controlador de velocidade (radar fixo) e controlador misto (controle semafórico), responsáveis por fiscalizar a velocidade dos automóveis nas vias, possíveis avanços de sinal vermelho e paradas sobre as faixas de pedestres, estão inoperantes. Apenas os equipamentos de redução eletrônica de velocidade, mais conhecidos como lombadas eletrônicas, a maioria implantada em área urbana para assegurar a integridade dos usuários das rodovias, se mantêm em funcionamento.
De acordo com o Superintendente regional substituto do DNIT, Willy Saldanha Filho, o órgão está buscando junto aos Ministérios do Planejamento e dos Transportes uma forma de reverter a situação. “O custo mensal de manutenção dos sistemas de fiscalização do RN e do Ceará, em 2015, era em conjunto, de cerca de R$ 2 milhões. Dados da Organização Mundial da Saúde afirmam que os custos do Estado com acidentes é de R$ 700 mil por pessoa. Com essa informação é possível notar que a prevenção e fiscalização nas estradas é muito mais vantajosa aos cofres públicos”, afirmou.
Segundo o inspetor da Policia Rodoviária Federal (PRF), Roberto Cabral, a desativação dos equipamentos é um fator complicador que interfere na segurança nas rodovias. “Uma das principais causas de acidentes é a velocidade. Com a retirada dos radares é provável que o número de acidentes aumente. Vamos avaliar isso após a retirada dos radares”, disse. As rodovias federais onde os equipamentos estão inoperantes são: BR-101, BR-110, BR-226, BR-304, BR-405, BR406 e BR-427.
O processo de contratação da empresa para o novo Programa Nacional de Controle de Velocidade, que deverá dar continuidade e aumentar a fiscalização, prevê a operação de 207 equipamentos de controle de velocidade, monitorando 442 faixas de tráfego, antes da desativação dos equipamentos apenas cerca de 200 faixas eram monitoradas. Mas, a empresa deverá ser contratada e o serviço normalizado apenas em março de 2018, quando houver a liberação do orçamento federal.
Tribuna do Norte