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| Foto: Divulgação |
A situação de insegurança dentro dos ônibus urbanos tem se espalhado por várias capitais. O problema tem sido relatado aqui com frequência, informando sobre o grave problema que afeta não só passageiros do transporte coletivo, como os funcionários do sistema, motoristas e cobradores.
A situação não tem sido diferente em Manaus, a grande capital do estado do Amazonas.
Não à toa, os usuários da cidade estão preocupados e com medo do atual momento: não apenas manauaras, como visitantes da capital, estão relutando em utilizar o transporte coletivo, em função do crescimento do número de assaltos no interior dos ônibus.
Dados coletados pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiro do Estado do Amazonas (Sinetram) informam que, somente em novembro passado, mais de 325 assaltos a ônibus foram registrados em Manaus. A média tem sido de cerca de 10 crimes por dia.
Ao todo, foram registrados pelo levantamento do Sinetram 3.556 assaltos entre os meses de janeiro e novembro. O número abrange os ônibus das dez empresas que operam no transporte coletivo da capital. Segundo o Sindicato das empresas, o prejuízo para o sistema em 2017 chegou a R$ 938,6 mil.
A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) informou por meio de nota que 214 pessoas foram presas por assaltos a ônibus, em Manaus, apenas em outubro. No total, apenas este ano, mais de 1,2 mil suspeitos foram presos pelo crime.
Na mesma nota, a Secretaria de Segurança informa que reformulou a ‘operação Catraca’, “que passou a atuar com barreiras fixas e monitoramento dos veículos com abordagens surpresa. Só no mês de outubro foram realizadas 2.105 abordagens a ônibus urbanos, 4.235 a mototáxis, 27,7 mil a motos e 3,790 a táxis”.
A nota da SSP-AM continua: “Os dados do mês de novembro ainda não foram consolidados. O número de prisões de envolvidos em assaltos a ônibus cresceu 336%, em outubro, na comparação com o mesmo período do ano passado”.
Já o Sindicato das empresas defende o uso do Cartão Passafácil, uma maneira de gerar a redução de assaltos nos coletivos. Ou seja, com menos dinheiro no interior dos ônibus, menor será o atrativo para os assaltantes.
Por meio de sua assessoria de imprensa o presidente do Sinetram, Carmine Furletti, defende sua tese:
“A polícia tem trabalhado bastante para reduzir esses crimes, porém os assaltos continuam na mesma média do início do ano. O que chama os criminosos para assaltar os coletivos, são os valores que os cobradores têm no caixa. Enquanto não mudarmos a forma de pagamento, vamos continuar com esse alto índice de assaltos. O pagamento com o cartão Passafácil é a melhor opção”.
Diário do Transporte
