Faixas exclusivas melhoraram transporte público de Natal, avalia especialista

Quando a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) decidiu implantar faixas exclusivas e semi-exclusivas para ônibus e bicicletas na capital potiguar, há cerca de dois anos, a promessa era de promover uma maior rapidez ao transporte público municipal. Para o professor da UFRN e especialista em mobilidade Rubens Ramos, a intenção do Poder Executivo foi se confirmando ao longo do tempo e, hoje em dia, transformou-se em realidade.
Foto: Divulgação/Portal no Ar

Em entrevista ao Portal Agora RN, Rubens admitiu o sucesso na tentativa da Prefeitura e destacou a importância que o projeto teve para a cidade, sobretudo para o transporte público ao dar a infraestrutura necessária para que ele fosse melhorado. “As faixas garantiram velocidade média maior aos ônibus e isso assegurou um potencial maior para se ofertar um serviço de qualidade. Antes a gente não tinha sequer uma infraestrutura capaz de oferecer qualidade no transporte, hoje temos através destas faixas”, analisou.
Para o especialista, as faixas exclusivas atuais vieram para comprovar a existência de uma maneira mais eficaz de se melhorar o transporte público de Natal, em detrimento dos corredores que já haviam sido implantados na Av. Bernardo Vieira. “Ao contrário do que foi feito nas outras avenidas, as faixas ao longo do meio-fio não criam problema para o setor comercial, uma vez que os ônibus não são tão frequentes quanto os carros. Isso evita congestionamento entre eles e facilita para o setor comercial”, justificou.
Por fim, Ramos acredita que, após a implantação das faixas exclusivas para ônibus na capital, o saldo do trânsito na cidade ficou mais positivo, carecendo apenas de ajustes complementares. “Pontualmente percebemos o trânsito congestionado, mas se olhar bem, o horário de pico de Natal é mínimo. Em cidades grandes o pico resulta em horas de congestionamento. Acredito que o que falta melhorar são os sinais. No caso da Salgado Filho, estamos com sinais muito longos no verde, o que produz um efeito de ineficiência do uso da via”, encerrou.
Agora RN

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