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Acompanhando o passo acelerado das exportações, que devem bater seu novo recorde este ano (leia aqui), a produção brasileira de veículos deve crescer 25% em 2017, de acordo com novas projeções divulgadas na quarta-feira, 6, pela Anfavea, associação que reúne as montadoras. Em sua segunda revisão das previsões (a primeira foi feita em julho), a entidade agora espera alcançar 2,7 milhões de veículos produzidos sobre os 2,15 milhões realizados no ano passado. Na projeção anterior, o volume estimado era de 2,61 milhões, o que representaria aumento de 21,5% no comparativo anual.
Para a Anfavea, as exportações continuarão a impulsionar o reaquecimento das linhas de produção, uma vez que o mercado interno, embora venha apresentando reação com pequeno aumento das vendas, deve encerrar o ano com crescimento de um dígito, em torno dos 7,3%.
No segmento de automóveis e comerciais leves, a Anfavea aposta em crescimento de 25,1% este ano, para algo em torno de 2,59 milhões de unidades – antes, a previsão apontava para 2,51 milhões, alta de 21,2%. Nos pesados, a entidade manteve sua projeção de produção.
As novas projeções são baseadas no que a indústria já realizou até aqui: de janeiro a agosto, o volume entregue pelas linhas de produção atingiu 1,74 milhão de unidades, entre leves e pesados, um aumento de 25,5% sobre iguais meses do ano passado. Todos os segmentos elevaram seus volumes, com destaque para o de veículos leves, cujo aumento foi de 25,6%, para um total de 1,68 milhão. Em agosto, o setor produziu mais de 260 mil veículos leves e pesados, incremento de 15,4% sobre julho e aumento expressivo de quase 46% sobre agosto de 2016.
“Esta é outra boa notícia; é o melhor mês desde novembro de 2014; são sinais de crescimento da indústria como um todo”, lembra Megale.
MAIS EMPREGOS
Com demanda maior, as fábricas estão sendo obrigadas a acelerar suas atividades, o que vem beneficiando o nível de emprego: em agosto, o número de empregados subiu 0,9%, para um total de 126,3 mil, contra 125,2 mil em julho.
“São 1.107 vagas a mais em agosto do que julho; é um resultado bastante positivo, as fábricas estão aumentando seus dias e horas de produção”, comenta o presidente da Anfavea, Antonio Megale.
Os dados mostram ainda que o número de pessoas afastadas de seus postos de trabalho pelo PSE (Programa de Seguro-Emprego) caíram de 8.972 em julho para 2.888 em agosto. Já o layoff, diferente do PSE, tem um tempo determinado de afastamento que deve ser cumprido, aumentou de 3.226 para 3.432. Contudo, a Anfavea reforça que o saldo é postivo: “O número total de afastados passou de 12.198 para 6.320: são 5.900 postos de trabalho retomados, nos dá otimismo, significa que todo mundo está voltando a produzir”, defende Megale.
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