O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) lançou nesta quinta-feira (17) a campanha Faça Certo. A ação visa acabar com o embarque indevido pelas portas do meio e traseira, pulo de catraca, acesso aos terminais de integração de forma irregular e viajar na área dianteira sem pagamento de passagem. De acordo com o consultor da Urbana-PE, Bernardo Braga, esses são alguns dos motivos pelos quais os coletivos andam superlotados e a passagem encarece na Região Metropolitana do Recife (RMR).
“Com isso, o veículo acaba transportando mais gente do que projetado, além de que quem arca com o valor da passagem de quem entra irregularmente é quem paga a passagem”, detalha. A Urbana-PE explica que, atualmente, 10% do total de passageiros cometem essas fraudes em ônibus normais. Esse número cresce quando se trata de BRT: 12,5% deles embarcam de modo ilegal. “Diariamente, 180 mil pessoas utilizam o transporte público de forma irregular”, detalha o consultor antes de exibir alguns flagras de acesso aos coletivos de forma ilegal.
Por conta disso, de forma educativa, o Sindicato lançou a campanha Faça Certo com o objetivo de conscientizar a população para a atitude. Um canal foi aberto através do WhatsApp pelo número (81) 99236 9002 para denúncias e informações sobre esse tipo de caso. “Queremos levar os passageiros à reflexão sobre as implicações do mau uso do serviço”, explica o presidente da Urbana-PE, Fernando Bandeira.
Campanha de vídeo e rádio, banners e peças em coletivos foram iniciadas nesta quinta, iniciando o processo de conscientização. “Os operadores das empresas e orientadores já estão recebendo treinamentos há 15 dias a fim de fazer cumprir essa ação”, explica Braga.
Impactos e dados
A Urbana-PE listou os impactos dessas fraudes no sistema. Conforme o Sindicato, isto causa risco ao passageiro; ocupação indevida de assentos preferenciais; hostilização do ambiente de transporte; desequilíbrio econômico-financeiro-agravamento dos desafios para financiamento do serviço (que pode provocar o aumento das passagens) e o nível de ocupação indesejado.
Ainda, segundo levantamento, 75,40% dos usuários não possuem gratuidade de passagens, no entanto, 11,45% são estudantes; 6,17% têm passe livre; 4,6% têm livre acesso e o restante são correspondentes a outros passageiros.
Fonte: leiaja.com