Em meio à polêmica sobre a norma que atrela o financiamento pelo Refrota à quantidade de veículos e desconsidera a variação de preços entre o momento de adesão e a liberação dos recursos, a linha criada pelo Governo Federal com recursos do FGTS para renovação da frota de transporte urbano, selecionou mais quatro empresas para compra de 52 ônibus.
Ainda não significa que o dinheiro vai sair ou, se diante de mais um desencontro com a linha de financiamento, as empresas vão aceitar, mas é o último passo para o recurso estar disponível.
Foram selecionadas propostas da Transcol, de Teresina; da Transportes Capivari, de Capivari de Baixo e Tubarão; da Mobibrasil, de Recife e região metropolitana e da Viação Sorriso de Toledo, de Toledo.
Os recursos que podem ser liberados somam R$ 16.310.265
Agora serão analisadas documentações e garantias por parte dessas empresas.
Com verbas de R$ 3 bilhões, o Refrota 17 foi apresentado pelo Governo Federal oficialmente em janeiro deste ano, mas a liberação do primeiro financiamento ocorreu somente em 12 de junho para empresa Suzantur, que opera em Mauá.
No entanto, depois a companhia descobriu que o dinheiro que recebeu não era suficiente para comprar os 100 ônibus previstos em contrato.
É que pela demora entre a adesão, análise e a liberação dos recursos, houve aumento no preço dos chassis e das carrocerias , um problema que, segundo a empresa, não foi explicado claramente no momento da adesão . Como o Refrota é atrelado à quantidade de ônibus estipulada em contrato e não à quantidade que pode ser comprada no momento da liberação dos recursos, a Suzantur terá de buscar R$ 3 milhões em outras fontes de recursos.
Diante do fato, a NTU – Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano recomendou que seus filiados, cerca de 500 viações, tomem cuidado antes de assinar o contrato no âmbito do Refrota.
Diário do Transporte