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O Governo do Estado corre contra o tempo para iniciar as obras de reestruturação da avenida Roberto Freire, no trecho entre o viaduto da BR-101 em Mirassol e à avenida Praia de Tibau, em Ponta Negra, pois o contrato de financiamento R$ 226 milhões firmado com a Caixa Econômica Federal (CEF) prevê que o primeiro desembolso da obra, propriamente dita, deve ocorrer até outubro deste ano.
Em reunião com empresários e comerciantes de diversos setores daquela área, na tarde de ontem, a chefe do Gabinete Civil do governo, Tatiana Mendes Cunha, disse que não estava envolvida e só tomou conhecimento da questão ontem, e admitiu que o projeto de readequação da av. Roberto Freire “precisa ser melhor discutido”.
Tatiana Cunha afirmou que esse diálogo começou ontem: “Mas acho que todos os aspectos devem ser refletidos, de quem tem comércio, de quem tem de passar naquela área várias vezes ao dia e o pensamento do turista, temos de encontrar uma forma de conciliar todos esses interesses e tenho certeza que isso é possível”.
Ao fim do encontro com os empresários, Tatiana Cunha afirmou que “ninguém quer que as coisas permaneçam como estão”, porém ponderou que todos têm de reconhecer que o trânsito de veículos na av. Roberto Freire, por exemplo, já é muito complicado – ‘imagine daqui a alguns anos”.
Tatiana Cunha disse que os empresários terão outras oportunidades para conversar com o governador do Estado, que vai tomar a decisão sobre as obras da Roberto Freire, como também frisou o diretor geral do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER-RN), general Jorge Ernesto Pinto Fraxe, ao confirmar para os empresários, que já está contido no projeto intervenções simultâneas na avenida das Alagoas, entre o túnel de Neópolis e o conjunto Jiqui, a fim de desafogar o tráfego de veículos para quem se destina ou vem de Ponta Negra, como reivindicam os próprios empresários: “São rotas alternativas para oxigenar a Roberto Freire”.
O general Fraxe fez uma apresentação em slides do projeto, incluindo croquis dos trechos onde ocorrerão intervenções, como trincheiras e passarelas com ciclovias, que substitui o primeiro projeto elaborado em 2013 pelo então governo Rosalba Ciarlini, que previa até a construção de um túnel de 800 metros que foi retirado do segundo projeto.
“Nós estamos levantando subsídios aqui [na reunião come empresários] para apresentar ao governador”, disse Fraxe, que acrescentou precisar de uma decisão até a semana que vem “que pode ser tudo, inclusive não fazer a obra, porque a decisão é de governo, tudo é possível’.
O general Fraxe admitiu que a grande preocupação das pessoas é com o impacto econômico, porque iria abrir uma via expressa. “Pode sim haver mudanças, até pra que respondam os anseios da sociedade, porque são só contribuintes que pagam impostos para que o país ande”.
Tribuna do Norte