Fábrica de ônibus elétricos da BYD Campinas já nasce com encomendas, diz empresa

Dentro de alguns meses, ônibus elétricos da BYD, cujos chassis começaram a ser fabricados em Campinas, interior de São Paulo, já devem estar em circulação por diferentes cidades brasileiras, com carrocerias Caio, Marcopolo e Volare (no caso do modelo de miniônibus Acess, de piso baixo).

Foi o que garantiu ao Diário do Transporte, o diretor de marketing, novos negócios e sustentabilidade da BYD, Adalberto Maluf, durante inauguração da fábrica de chassi da companhia, em Campinas, no interior de São Paulo, que ocorreu nesta quinta-feira, 06 de abril de 2017.
O evento teve cobertura do Diário do Transporte em parceria com a ANTP – Associação Nacional de Transporte Público).
O executivo informou que entre as cidades que devem ter frotas de ônibus elétricos da BYD estão a capital paulista e Campinas.
Campinas terá nova licitação dos transportes e a prefeitura colocou como meta a inclusão de 150 ônibus elétricos na região central nos próximos anos.
No caso da capital paulista, a fabricante negocia com os empresários de ônibus também a aquisição de sistemas de painéis solares que podem ser instalados em terminais, gerando energia para os locais e também para os pontos de recargas dos ônibus elétricos que devem ser instalados nestes terminais de São Paulo (O vídeo na íntegra da entrevista você confere abaixo)
“Hoje a gente vem trabalhando com alguns operadores em São Paulo para a entrega dos ônibus junto com sistema do painel solar. Entre 5 e 7 anos todos investimentos se pagam, com economia de combustível, os custos de financiamentos menores , o leasing da bateria e as vantagens do painel solar, que pode gerar entre 50%, 70% e até 80% do consumo de energia desse ônibus … Apenas sobre o veículo, cuja a diferença de preço em relação aos modelos a diesel está cada vez menor, em um ano, contando com a taxa de juros mais vantajosas pelo Finame dada aos elétricos e com a economia de combustível, o ônibus está totalmente pago” – garantiu Adalberto Maluf.
O diretor de marketing da BYD disse que hoje as cidades que pensam em meios de transporte coletivo não poluentes, não levam em consideração apenas a compra dos veículos, mas toda a infraestrutura operacional, contando com a recarga dos ônibus no meio da operação. Adalberto Maluf cita o exemplo da Viação Gato Preto que, ao escalonar os horários em relação a recarga da bateria, conseguiu melhor produtividade de um veículo da marca em teste.
“A gente tem um exemplo de operação muito legal que ocorre em São Paulo, na Viação Gato Preto. O ônibus lá começava a operar às 5h e parava por volta das 22h/23h. O que o que operador fez? O ônibus sai às 4h, para às 14h, carrega até às 15h00 e segue a operação até depois da meia-noite. A gente acredita que esse modelo que as operadoras estão testando em São Paulo é o modelo do futuro. Assim, como as grandes cidades chinesas, cidades americanas e europeias que vem investindo muito nas infraestrutura dos seus terminais, para que os ônibus não tenham de sair de operação e voltem para garagem só para terem de recarregar. Com algumas estratégias operacionais, tem se conseguido autonomia de até 300 km sendo, que a nossa base é de 200 km a 250 km” – contou Adalberto Maluf.
O diretor de marketing relações institucionais da BYD também disse que é grande a disposição do secretário municipal de transportes e mobilidade da capital, Sérgio Avelleda, para achar uma solução para ampliar a frota de ônibus não poluentes. No entanto, a administração faz as contas para que não haja aumento de custos no sistema e, consequentemente nas tarifas.
A cidade não conseguirá cumprir as determinações da Lei de Mudanças Climáticas, que estipula 100% de frota de ônibus não poluentes em 2018, sendo que desde 2009, data da criação da lei, 10% dos veículos deveriam ser trocados até que a meta fosse alcançada. Hoje a frota de ônibus que se enquadraria na Lei de Mudanças Climáticas não passa de 7% dos quase 14.700 coletivos municipais.

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