O Programa de Renovação da Frota do Transporte Público Coletivo Urbano, o Refrota 17, tem potencial para destravar a demanda reprimida deste segmento e contribuir para o resultado financeiro das montadoras, na avaliação da Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus).
A meta do Refrota 17, apresentado pelo governo federal, é financiar 10 mil ônibus, com investimento total de R$ 3 bilhões. O dinheiro provém do Programa de Infraestrutura de Transporte e da Mobilidade Urbana (Pró-Transporte), linha que usa recursos do FGTS.
A Fabus acredita que o impacto deve ser “extremamente positivo”, já que os juros cobrados pela Caixa dentro do programa serão de 9% ao ano, menores do que o mercado disponibiliza habitualmente para pessoa jurídica. Mas a entidade pondera que ainda há variáveis a equacionar, como a questão da garantia que será exigida das empresas tomadoras de crédito pela instituição financeira.
A ideia da Fabus é que a Caixa aceite como garantia os recursos provenientes do Vale-Transporte que são recolhidos pelas entidades de classe municipais todos os meses e, posteriormente, repassados às concessionárias ou permissionárias do transporte público coletivo urbano. O setor quer que a Caixa aceite esta massa de dinheiro que fica de posse das associações de transporte de passageiros como garantia. O assunto está em discussão.
A velocidade de comercialização destes 10 mil ônibus que o programa se propõe a financiar vai depender do quanto as diferentes partes vão demorar para acertar os detalhes. A Fabus afirma que o segmento de ônibus urbanos, até 2012 e 2013, fechava o ano com aproximadamente 17 mil unidades comercializadas. Em 2016, conforme a entidade, o número não deve passar de 6.500.
Procurada, a Marcopolo informou que a medida proposta pelo governo federal “é muito importante para a indústria brasileira de ônibus e pode representar um grande alívio para o segmento”.
Com informações: O Povo