O sistema de BRT do Rio de Janeiro deve a partir de 2018 atender a um milhão de passageiros. A expectativa é da prefeitura e do Consórcio BRT, no entanto, atrasos na retomada das obras do corredor TransBrasil podem ameaçar a meta para o ano.
O Diário do Transporte conversou numa visita técnica durante a FetransRio, com gerente de infraestrutura do BRT no Rio de Janeiro, Alexandre Castro. A entrevista ocorreu dentro de um BRT que circulou em trechos dos corredores.
Segundo o executivo, hoje os três corredores em operação Transoeste, Transcarioca e Transolímpica transportam em torno de 500 mil passageiros por dia numa malha de 130 quilômetros, com 128 estações e 9 terminais. Está prevista para o final de 2017, isso se não houver entraves, a entrega de 28 km de um novo sistema, o BRT TransBrasil que ligará a região de Deodoro ao centro do Rio pela Avenida Brasil , com 28 km ao custo de R$ 1,4 bilhão. Somente neste corredor, que deve ser o principal da cidade, será possível atender 500 mil passageiros diários.
Assim a capacidade de atendimento do BRT no Rio de Janeiro vai subir para um milhão de passageiros por dia numa malha de 158 km.
Alexandre Castro foi questionado pelo Diário do Transporte se em alguns trechos o BRT já apresenta a saturação com lotação acima do normal. Passageiros reclamam da lotação. O gerente negou.
“O BRT está longe da capacidade da capacidade que ele pode atingir. Existem momentos de lotação similares, no entanto, a flexibilidade do serviço é muito grande” – disse.
VELOCIDADES:
O gerente de infraestrutura do BRT do Rio de Janeiro, Alexandre Castro, também afirmou que hoje a velocidade média do BRT na cidade se assemelha a de metrô. No caso dos serviços diretos, se aproxima de 50 km/h
– Linhas Paradoras: 26km/h a 32 km/h
– Linhas SemiExpressas: próximo a 40 km/h
– Linhas Diretas (para demandas pendulares, sem paradas no meio do caminho): próximo a 50 km/h
CONCESSÃO A EMPRESÁRIOS NÃO SERÁ AUMENTADA:
Alexandre Castro informou ao Diário do Transporte na entrevista exclusiva dentro de um ônibus BRT que, apesar dos investimentos maiores em infraestrutura, CCO e ônibus novos, está descartada a possibilidade de aumento no prazo de concessão para os empresários de ônibus. Hoje esse prazo é de 20 anos podendo ser renovados por mais 20 anos. Já se passaram seis anos, sendo quatro com BRT.
Os empresários são obrigados quando as linhas de corredores se estendem em suas áreas de operação, a comprar ônibus novos, readequar as garagens para estes veículos e também pagar parte da infraestrutura operacional.
Alexandre disse que após a implantação do BRT foi possível retirar de 800 a mil ônibus do sistema sem, entretanto, reduzir a oferta de lugares.
Fonte: Diário do Transporte