Marcopolo desenvolve poltrona antissono

Foto: Divulgação Marcopolo
A Marcopolo, por intermédio de seu Innovation Center (MIC), e em parceria com o CEMSA – Centro Multidisciplinar de Sonolência e Acidentes e a Woodbridge, está desenvolvendo de maneira pioneira e inédita uma poltrona Antissono para os seus ônibus. O protótipo, em testes, será apresentado pelo gerente de design e inovação da companhia, Petras Amaral, no Congresso SAE Brasil, que será realizado nos próximos dias 25, 26 e 27 de outubro, em São Paulo.

A nova poltrona, chamada Antisleep Seat tem como objetivo prolongar o estado de alerta e atuar durante as fases de sonolência e fadiga do motorista de veículos pesados (ônibus e caminhões) e, assim, reduzir o alto índice de acidentes causados no transporte de pessoas e de carga. A poltrona é equipada com dispositivos de distração mecânica e fisiológica que atuam para prolongar o estado de alerta nesses profissionais nos momentos e horários críticos.
As empresas desenvolveram em conjunto a patente de um sistema de monitoramento de fadiga para motoristas, por intermédio de estímulos provocados pela poltrona. Estudos apontam que os principais motivos e causas da sonolência ao volante são fadiga física e mental, Privação / restrição de sono, muitas horas acordado (mais de 16 horas), situações de monotonia, e homeostasia corpórea por resfriamento da temperatura central associados aos fatores acima, entre outros.
Para prolongar o estado de alerta do motorista, bem como a velocidade de reação, as empresas desenvolveram uma poltrona com distratores (o que distrai ou serve para distrair) que atuam para evitar a fadiga, por intermédio de áudio, vibração eletromecânica, refrigeração e aquecimento, além de provocar o estresse térmico, reduzindo assim a sonolência e promovendo o estado de alerta.
A Antisleep Seat possui um módulo integrado, responsável por receber diversos e diferentes dados coletados sobre o estado de fadiga do motorista, bem como tempo de viagem e horário. A partir destes dados, algoritmo desenvolvido pelo CEMSA, baseado em estudos sobre o ciclo cicardiano – período de aproximadamente 24 horas sobre o qual se baseia o ciclo biológico de quase todos os seres vivos, sendo influenciado principalmente pela variação de luz, temperatura, marés e ventos entre o dia e a noite – e nos horários críticos de propensão ao sono, define a sequência de distratores mais adequada àquela viagem, atuando de forma customizada e de maneira preventiva.
Ao contrário de muitos sistemas encontrados no mercado que atuam de forma reativa, onde segundo o CEMSA, dependendo do nível de fadiga, os alertas são tardios para evitar o sono, a Antisleep Seat atua para prevenir a fadiga, através de dados específicos do motorista e da jornada que vai se iniciar, diminuindo assim o risco de acidente.
Os inúmeros testes realizados em simuladores com diferentes condições de fadiga  e estímulos, comprovaram a eficácia do Sistema, considerando a mudança no estado de alerta dos motoristas, bem como a redução do tempo de reação (reflexos) para evitar o acidente.
Segundo Petras Amaral, a Antisleep Seat pode ser tratada como um sistema anti-fadiga e não simplesmente uma poltrona. No futuro, as empresas já preveem a integração desta com dados do padrão de sono dos motoristas, bem como da gestão de frota dos operadores em tempo real.
Os testes finais e apresentação da poltrona a clientes e operadores estão previstos para ocorrer entre o final de 2016 e início de 2017.
Fonte: Secco Consultoria de Comunicação

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