Motorista com treinamento adequado pode muito contribuir com a operação, manutenção e imagem da empresa. A Transwolff, empresa de ônibus que opera na zona sul de São Paulo, começou capacitar os motoristas no último dia 8. Eles aprendem desde as novas tecnologias, como evitar desgaste das peças e de como tratar e orientar passageiros.
Foram abordados assuntos como direção defensiva, freada brusca, acidente e educação de trânsito. Como a maioria dos motoristas dirige na mesma linha e ‘decoram’ o caminho, isso faz com que ele cometa alguns deslizes como freadas bruscas próximos a lombadas e semáforos por ‘segurança’.
De acordo com o instrutor de operação Carlos Roberto Cattiste, 59, que ministra o curso, deu diversas dicas para diminuir o custo operacional da empresa e acerca da profissionalização. “O motorista só deve ficar com a mão na alavanca na hora de trocar a marcha, além de mudar na hora certa para evitar solavancos”, diz Cattiste.
Para a motorista Inis Maziero, 55 anos, conhecida como Regina, da linha 6030-10 – Unisa – Term. Sto. Amaro, que participou da capacitação, disse que a capacitação é muito importante e esclareceu muitas dúvidas, inclusive sobre o painel (ela dirige ônibus com as novas tecnologias com ar, tomada USB e wi-fi).
“O botão menu no painel não sabia mexer, que aponta o código do defeito. Saio daqui esclarecida”, afirma Inis. Já o motorista Carlos Roberto Ferreira, 53 anos, da linha 6030-10 – Unisa – Term. Sto. Amaro, disse que está saindo de uma maneira diferente da qual entrou. Motorista de ônibus há 20 anos disse que independente do tempo que dirige a reciclagem é fundamental para toda profissão.
“Dirijo há quatro meses ônibus com nova tecnologia e não sabia usar alguns botões. Sabia só os principais como botão do óleo, combustível e temperatura. Estava inibido, agora estou seguro”, afirma. “Além de reforçar a atenção ao passageiro”, diz.
Motorista há dois anos, Adilson dos Santos Rodrigues, 43 anos, da linha 6030-10 – Unisa – Term. Sto. Amaro, contou que sai do curso mais motivado para exercer a função e confessou que não conhecia todos os botões do painel.
“Reciclar é sempre bom. Saio daqui seguro muito bem melhor do que entrei e muito mais preocupado com o passageiro”, disse.
Fonte: Blog Ponto de Ônibus