O presidente interino Michel Temer soube de viva voz detalhes da atual situação da indústria de ônibus no Brasil.
Na última quarta-feira, dia 8 de junho, Temer e os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, da “Indústria, Comércio exterior e Serviços”, Marcos Pereira, e o secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimento, Moreira Franco, receberam em torno de 200 empresários de diversos setores.
Entre eles, estava o presidente da Fabus – Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus, José Antônio Fernandes Martins, que também é diretor executivo da Marcopolo.
Martins comentou com Temer a situação da indústria de ônibus.
Segundo dados da Fabus, que reúne os fabricantes de carrocerias, somente neste ano, a produção registra queda acumulada de 46,7% em relação aos cinco primeiros meses do ano passado.
Ainda segundo Martins, levando em consideração o período de 2014 até o primeiro semestre de 2016, a queda na produção de ônibus já soma 70% .
Segundo o executivo, mesmo com aumentos das exportações, as encomendas dos outros países não foram suficientes para contornar a crise do mercado interno.
Diversas lideranças empresariais compareceram ao encontro. Entre elas, o presidente da Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Paulo Skaf.
Os empresários apresentaram ao presidente interino uma lista com cinco pontos que consideram fundamentais para que o governo adote como medidas emergenciais a fim de recuperar a confiança do empresariado e consequentemente o nível de investimentos.
São eles:
– Não aumentar impostos
– Redução dos juros. Segundo os empresários, o atual índice de 14,25% ao ano inviabiliza investimentos.
– Facilitação do crédito para investimentos, incluindo o setor de bens de capital, como é a indústria de ônibus.
– Aceleração dos investimentos em infraestrutura, incluindo mobilidade urbana. Para isso, deve haver um cronograma que contemple a formalização de mais PPPs – Parcerias Público Privadas de maneira mais rápida.
– Estímulo à exportação
O presidente interino Michel Temer e os ministros ficaram de analisar as propostas.