Obra no viaduto do Baldo depende de vistoria de engenheiro

Embora esteja na fase final de execução, a obra de recuperação do viaduto do Baldo, interditado desde outubro de 2012, depende de alguns fatores para ser concluída. Um deles é a vistoria do engenheiro cearense Hugo Motta, responsável pelo projeto original da obra, que prometeu visitar o local após o Carnaval, ainda que não tenha sido marcada nenhuma data específica para sua vinda.
De acordo com o engenheiro responsável pela obra de reestruturação do viaduto, João Carlos Aranha, da BMB Construções, a vistoria de Hugo Motta irá avaliar a execução e definir se há necessidade ou não de outros ajustes.
“Ele é o autor do projeto e foi ele quem fez a inspeção visual e emitiu o laudo indicando todos os serviços necessários para que o viaduto seja liberado novamente”, atesta João Carlos Aranha.
Na fase atual de execução estão sendo feitos a pintura e reparos do guarda corpo na parte da estrutura que fica sobre o estacionamento da Cosern. Segundo Carlos Aranha, essa fase deverá ser concluída até o início de março. Após isso ficarão restando os reparos do vão central que passa sobre as Avenidas Rio Branco e Deodoro da Fonseca e a pintura, além de alguns reparos na parte de cima da estrutura.
Segundo o secretário adjunto de Obras Públicas e Infraestrutura (Semov), Caio Múcio, a reestruturação do trecho que passa sobre as avenidas deverá ser iniciada também no começo de março. Para isso, as faixas da avenida serão fechadas parcialmente, de cinco em cinco metros, a fim de abrir espaço para a montagem dos andaimes.
Após a execução dessas etapas, ficará restando ainda a recolocação das juntas de dilatação, que são peças de borracha inseridas entre os blocos da laje do viaduto. Essa parte também é de responsabilidade da BMB Construções, no entanto, conforme explica o engenheiro João Aranha, “a colocação das juntas depende da substituição dos apoios”.
Esses apoios são um tipo de material inserido na parte de cima dos pilares e que funciona como uma espécie de amortecedor para as placas que formam a laje do viaduto. Como os apoios se desgastam em decorrência da ação do tempo e do peso dos veículos e da estrutura, a troca é necessária após um determinado período de tempo.
Para esse serviço, a empresa teria que suspender seis centímetros da laje utilizando uma espécie de macaco e fazer a substituição dos apoios. “Vamos ver com Hugo Motta se vamos fazer esse serviço. Estamos dependendo exclusivamente dessa visita”, afirma o engenheiro da BMB Construções.
João Aranha acrescenta que apesar de esse ser um serviço mais complexo, não leva muito tempo para ser concluído e não impediria o funcionamento do viaduto no prazo preestabelecido no contrato, que é 28 de abril. No entanto, diz que para a realização do serviço é necessária a abertura de uma nova licitação.
O secretário Caio Múcio, confirmou que a substituição dos apoios depende da vistoria do engenheiro Hugo Motta, mas, caso necessário, o serviço só será feito em uma obra posterior. “A gente está esperando Hugo para decidir alguma coisa, mas isso é outro serviço. Pode ser e pode não ser, vai depender dele. Um dia vão ter que ser trocados , mas se for fazer, aí é outra licitação”, disse Caio Múcio.
Apesar dos impasses, a Semov garante que a obra será finalizada na primeira semana de abril. Mas põe uma ressalva: “Isso vai depender muito da visita de Dr. Hugo Mota. Se ele achar alguma coisa que seja interessante fazer a mais, se está tudo certo. Mas nós estamos fazendo aquilo que foi determinado”, garante o secretário.
Foto: Argemiro Lima (Novo Jornal)
Fonte: Novo Jornal

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