População reclama de obra paralisada do Pró-Transporte no Brasil Novo

Moradores do conjunto Brasil Novo, localizado na zona Norte de Natal, reclamam da morosidade em relação as obras do Pró-Transporte e dos problemas que elas têm gerado. Quem trafega diariamente pela Avenida Moema Tinôco, principalmente no cruzamento com a Avenida Açude de Santa Rita de Cássia, próximo ao Cemitério do Pajuçara, precisa passar por buraqueira e, em dias de chuva, muita lama. Com a chegada do período chuvoso a situação tende a piorar ainda mais. No local, que era transformado em uma lagoa, a cada chuva, a situação deve se repetir caso a obra não seja retomada nos próximos dias.
A dona de casa Eliete Mendes mora no Brasil Novo há mais de dez anos e conta que já perdeu a esperança em ver a retomada das obras. “Aqui só prometem e ninguém faz nada. Abandonaram tudo aqui e deixaram ao relento. É muita irresponsabilidade. Acho que vamos ter que nos conformar e viver com essa situação”, lamenta.
Ela mora quase em frente ao local onde se formou uma enorme cratera no início da semana passada em função das fortes chuvas. “Se tivesse chovido um pouco mais era bem capaz que o buraco causasse um prejuízo ainda maior, podendo derrubar as nossas casas. A situação já era ruim, mas depois que eles deixaram a obra pela metade, piorou ainda mais”.
Eliete Mendes reclama da lama formada em frente sua casa, em função da chuva, e nos dias de sol, a poeira que invade a residência.  “Quando começam um trabalho seboso dá nisso mesmo. As crianças vivem doentes com crise alérgica e problemas respiratórios e não temos como nos mudar, porque essa é a nossa casa. Quando chove fica pior. Não sabemos mais a quem recorrer”, desabafa a dona de casa.
Francisco Canindé é proprietário de uma serralharia que fica localizada em frente a cratera que foi formada pelas últimas chuvas na Avenida Açude Santa Rita de Cássia, no conjunto Brasil Novo. Ele conta que as obras foram paralisadas no final do mês de novembro e desde então os problemas só aumentam. Ele foi obrigado a demitir um funcionário, pois o movimento caiu bastante, já que o trecho onde o estabelecimento está localizado está interditado.
“Os prejuízos são incalculáveis em todos os sentidos. Desde que essa obra começou só perdemos, desde dinheiro até a nossa própria paz. Quando chove ficamos com medo de que possa acontecer algo pior. O encarregado da obra esteve aqui semana passada, tirou algumas fotos e foi embora dizendo que não tinha previsão para retomada da obra. Se continuar desse jeito talvez tenha que fechar meu estabelecimento comercial, para evitar mais prejuízos”, reclama o comerciante Francisco Canindé.
A assessora de imprensa da Secretaria de Estado de Infraestrutura informou que a obra não está paralisada e que o Governo do Estado não tem nenhuma pendência financeira com a empresa responsável pela obra. Segundo a assessoria, em função da extensão da obra do Pró-Transporte, pode ser que a empresa esteja realizando serviço em outro trecho.
Fonte e foto: Jornal de Hoje

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