O Movimento Passe Livre (MPL), entidade que luta pela gratuitade do transporte público em todo o País e protagonizou os protestos de junho de 2013, publicou nota nesta sexta-feira, 19, criticando a Tarifa zero no transporte aos estudantes carentes de São Paulo. A medida foi aprovada na Câmara nesta semana e poderá tornar gratuitas as viagens de ônibus a todos os estudantes de escola pública, além dos alunos de escola privada de baixa renda.
Sem dúvidas essa medida é mais um resultado da luta da população da cidade, que tomou as ruas em junho de 2013. Mas é insuficiente , afirmou o texto, divulgado à noite no site do MPL.
Para o movimento, não basta garantir passagens para a escola ou a universidade, já que a educação não se limita à experiência escolar. Educação também significa ir a espaços culturais, conhecer bairros diferentes dos nossos e, fundamentalmente, experimentar a liberdade e a responsabilidade de poder ir para onde quisermos.
Quando falou pela primeira vez sobre a medida, o prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) fez menção ao MPL ao dizer que o movimento não precisa fazer perguntas sobre a origem do dinheiro que custeará as passagens.
Tudo bem que o movimento não precisa fazer (esta pergunta), mas o gestor público tem que responder, da onde ele vai tirar os recursos para aumentar o subsidio à Tarifa.
Fonte: O Estado de S. Paulo