A biometria facial tem sido uma tecnologia eficaz no combate a fraudes no transporte coletivo. O uso indevido de cartões eletrônicos especiais (benefícios concedidos a idosos, pessoas com deficiência e estudantes) no sistema urbano é uma técnica para burlar o pagamento das passagens. Para coibir esse tipo de atitude, a cidade paranaense de Cascavel tornou-se exemplo na utilização dessa tecnologia, e adotou há 10 meses o sistema de biometria desenvolvido pela empresa Transdata Smart, fazendo com que a média dos usuários que não pagam tarifa diminuísse cerca de 4,5 mil.
A frota de ônibus de Cascavel equipada com os validadores de cartões agregados à câmeras é de 152 veículos e a média de embarques mensais de passageiros com gratuidade é de dois mil, mas, segundo a Transdata, anteriormente ao uso do sistema de reconhecimento facial, a cidade chegou a registrar 13 mil viagens desses passageiros em um mesmo mês.
Devanir Magrini, diretor comercial da Transdata, ressalta que o mercado brasileiro e latino-americano de transporte coletivo tem um grande potencial de crescimento no uso de sistemas de biometria. “A tecnologia é muito benéfica aos operadores de transporte, auxiliando na redução da evasão de receitas e fazendo com que as tarifas não sofram reajustes, pois na composição das mesmas estão inclusas as inúmeras gratuidades”, ressaltou o executivo.
Hoje, a Transdata possui 11 clientes que usam o sistema de reconhecimento facial. Mas, a empresa não desenvolve apenas essa tecnologia. Ela também produz vários sistemas de controle operacional, gestão, monitoramento de frota, telemetria, bilhetagem eletrônica e armazenamento de dados.
Fonte e foto: Revista Autobus
