Mossoró: Número reduzido de ônibus prejudica população que utiliza transporte coletivo

Com um transporte público deficitário, filas de espera por ônibus, incerteza nos horários, além de transportes apresentando problemas, a cidade, apesar de seu crescimento, ainda precisa, de acordo com Max Medeiros, um dos integrantes do Movimento Pau de Arara, olhar para o trânsito com uma perspectiva diferente.
Surgido ano passado, o Movimento Pau de Arara lutou pela melhoria do transporte coletivo e público da cidade, mas até agora quase nada foi feito, no sentido de ampliar as linhas de ônibus. “Pelo contrário, tivemos desativação de linhas e o serviço, a cada dia, se torna mais e mais precário”, fala Max Medeiros.
Ele salienta que os movimentos oscilam e era natural que o movimento iniciado ano passado também “arrefecesse”. “Nós tínhamos a perspectiva de que essa nova gestão fizesse algo para melhorar o trânsito. Procuramos algumas vezes a Secretaria de Mobilidade Urbana e fomos informados que lançariam editais nesse sentido e que, até o fim deste ano, a cidade contaria com 50 ônibus, o que, até agora, não aconteceu. Estamos com 17 ônibus circulando para uma população flutuante de 300 mil pessoas. Agora, confesso que não tenho um pingo de esperança de que a nova gestão tenha preocupação com essa parte do serviço público”, critica, de forma veemente, Max Medeiros.
O estudante ainda aponta linhas que foram desativadas e alguns ônibus deixaram de circular. “A sociedade civil também deve cobrar conosco. O MPA está atento, mas é preciso que todos se unam para cobrar melhorias. O que vejo, na verdade, é que falta vontade política da administração para resolver esse problema. E a cidade continua sofrendo com o seu péssimo serviço de transporte público”, frisa.
Segundo ele, o Terminal Rodoviário Diran Ramos do Amaral é um exemplo de péssima opção de transporte público. Poucos ônibus, de acordo com Max, fazem linha ali. As pessoas que não conseguem ter acesso a eles acabam “pegando um táxi caro ou um mototáxi”. “A cidade cresce e, em contrapartida, esse crescimento não é acompanhado pela melhoria de alguns serviços”, fala.
Max ainda frisa que Mossoró possui um trânsito caótico, confuso e violento. “Quando municipalizaram o trânsito, diziam que tudo iria melhorar, mas não é o que vemos. Não há estacionamentos e a frota somente cresce. Não há ônibus suficientes”, reflete.

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