Fretamento é o setor da vez para fabricantes de ônibus

O ritmo da economia brasileira decepciona investidores, empresários, população e até mesmo a equipe do governo de Dilma Rousseff que tenta passar um discurso otimista. A indústria de ônibus, um dos reflexos do desempenho econômico geral, por fabricar não apenas um tipo de veículo, mas um bem de capital, acumula queda de produção de 13,3%, entre janeiro e outubro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o mais recente levantamento da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.
Para 2015, a previsão é de um cenário melhor. Se não for de recuperação total, pelo menos os números devem ser positivos. E um dos segmentos da indústria de ônibus que parece ser mais promissor é o de fretamento.
Há várias razões que fazem os executivos de montadoras e encarroçadoras acreditarem neste segmento. Uma é a própria recuperação econômica. Com mais atividades industriais e de comércio, o fretamento contínuo para transporte de trabalhadores tende a crescer demandando mais ônibus. Além disso, um aquecimento econômico reflete nos negócios relacionados ao turismo, o que traz impactos positivos para o fretamento eventual, contanto viagens de passeio, de negócios, de compras e religiosas.
Além disso, de uma maneira geral, em todo o País, a frota de ônibus de fretamento é uma das mais antigas em comparação com outros segmentos. Estes veículos devido à concorrência livre entre as empresas, o que não ocorre no transporte com linhas regulares urbanas e rodoviárias, precisam atrair os clientes, isso sem contar que alguns em breve não terão mais condições mecânicas de operar.
Exemplos de apostas de fabricantes no fretamento não faltam. A Comil, do Rio Grande do Sul, com a reestilziação do Comil Campione 3.25, apresentada no mês passado na FetransRio, feira de transportes coletivos, quer se fixar neste segmento que já possui tradição.
comil campione 325 2015
Outra empresa que tem aumentado o destaque para a divulgação de um modelo voltado para fretamento é a Caio, de São Paulo.
A encarroçadora, pertencente ao grupo Ruas, o maior frotista da cidade de São Paulo, é líder no segmento de ônibus urbanos. Uma de suas apostas para manter esta posição é a reestilização do Caio Apache Vip lançada neste ano de 2014 para fazer frente ao seu principal concorrente, o novo Marcopolo Torino.
Mas a fabricante quer espaço maior em outros segmentos e o de fretamento é o principal deles para tentar crescer. Na mesma feira em que a Comil apresentou o Campione 3.25, a Caio destacou, além dos modelos urbanos, o Caio Solar 2400 Executivo, que, segundo a encarroçadora, apresenta um melhor padrão de acabamento, mais conforto, no entanto, com os custos reduzidos, o principal ponto levado em consideração pelo empresário de fretamento.
caio solar 2015
As outras encarroçadoras de olho na possibilidade de expansão do fretamento também possuem modelos para este segmento, em especial o contínuo: A Marcopolo oferece o Audace ou as versões mais simples do Viaggio e do Paradiso, além do Ideale, o campeão de vendas da marca para o segmento. Fazendo parte do grupo da Marcopolo, a Volare tem uma linha com diversas configurações de ônibus de pequeno porte para fretamento. O Roma MD e o Roma 330 são os produtos indicados pela fabricante Mascarello para esta aplicação. O Spectrum Class e as versões mais simples do New Road N 10 são as opções da Neobus. A Irizar oferece ao mercado de fretamento as versões mais básicas do Irizar i6 e o Irizar Century.
Fotos e informações: Ônibus Brasil

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