No último dia 29, o Sindicato de Permissionários do Transporte Opcional de Passageiros do Rio Grande do Norte (Sitoparn) discutiu, em seminário com entidades de classe, pontos do projeto da licitação dos transportes coletivos. Um dos questionamentos é a ausência de um Plano de Mobilidade em Natal, que traçaria as diretrizes para a mobilidade e o transporte público.
“Como você vai fazer uma licitação, válida por 15 anos, sem fazer o plano de mobilidade da cidade, sem discutir a integração do transporte com outros sistemas, como o VLT? Esse projeto do jeito que está não quer organizar, mas legitimar o que já está aí”, acusa José Pedro Neto, presidente do Sitoparn.
O sindicato convocou os integrantes da comissão de transportes da Câmara Municipal, mas nenhum dos vereadores compareceu. “Nós não somos contra o processo licitatório, mas não concordamos com a rapidez com que se quer aprovar o projeto, sem discutir com a sociedade”, afirma Neto.
A licitação para a criação do Plano de Mobilidade estava marcada para o dia 23 de setembro, mas o processo foi impugnado por uma empresa, que questionou os profissionais exigidos pelo edital para trabalho na área tecnológica. O edital deve ser republicado na próxima semana, segundo a STTU. A empresa vencedora terá dez meses para elaborar o plano.
Diretor de planejamento da STTU, Jaime Balderrama descarta, a necessidade de um plano de mobilidade para aprovar mudanças no transporte coletivo. “A ausência do plano não quer dizer que não podemos mexer no transporte. Qualquer mudança pode ser acrescida com emendas ao plano ou novas leis”, afirmou.
Fonte: Tribuna do Norte
