A Corrente Proletária Estudantil, que faz parte do DCE da Uern, com representação, distribuiu, em toda a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), uma nota em que aponta a necessidade urgente de medidas que evitem acidentes como o que aconteceu à jovem Brenna Sonária Noronha de Alencar, 18 anos, estudante do curso de Pedagogia da Uern, que faleceu na manhã do dia 16, depois que um ônibus, em frente à universidade, a atropelou durante uma manobra de marcha à ré.
“É preciso realizar ações concretas para a solução dos problemas (…). Foi uma tragédia anunciada (…). A chegada dos estudantes na Uern ocorre entre um grande tumulto de tráfego de pessoas, junto com carros, ônibus e motos; amontoam-se as pessoas com transportes escolares dos municípios que não possuem locais adequados de estacionamento, as pessoas trafegam sem faixas de segurança e arriscam suas vidas diante da falta de educação no trânsito, na maioria dos motoristas”, diz a nota, que circula nos corredores da universidade, propondo que um terminal e outras pautas voltem ao debate no âmbito universitário.
Durante a assembleia, os estudantes de Pedagogia demonstraram insatisfação com as condições em que, no sentido de embarque e desembarque, se encontra hoje a Uern. “Hoje (18) tivemos uma assembleia com 52 estudantes revoltadas e com vontade de realmente ir à luta e nós vamos! Saímos dessa assembleia com encaminhamentos e comitês que garantiram o cumprimento destes!”, destacou Jéssica Marina, do curso de Pedagogia. “Negligência existe sim, e, a situação é imensamente agravada devido à falta de organização do trânsito dentro e aos arredores da Universidade, e isso precisa ser cobrado e corrigido para que outras fatalidades previstas possam ser evitadas. Assembleia lotada hoje à noite em Pedagogia, mais de 50 estudantes, esperamos encaminhar nossas reivindicações com a ação direta da classe estudantil, só isso fará a diferença”, disse Gracielle Ribeiro, que também estava na assembleia.
Para a estudante Débora Barreto, “infelizmente, na Uern, um assunto para além das questões salariais, só vira pauta quando acontece uma fatalidade como esta que vitimou a estudante. Outra questão é a velocidade com que alguns motoristas e motoqueiros circulam no campus, e isso não é culpa da instituição ou falta de sinalização, é negligência e falta de respeito para com os pedestres mesmo. Característica essa que se estende por toda cidade”, aponta.
Os encaminhamentos discutidos com os estudantes do curso de Pedagogia, de acordo com a mesa diretora da assembleia, serão levados adiante e chegarão ao reitor da entidade, para que providências sejam tomadas.
Reitoria: A reportagem entrou em contato com o reitor Pedro Fernandes e com o gabinete de seu vice, o professor Aldo Gondim. Mas, fomos informados de que ambos estavam viajando.
Até o fechamento da edição, a reportagem não recebeu qualquer retorno da reitoria sobre a reivindicação dos estudantes.
Fonte: Gazeta do Oeste