Governo admite que obras de acesso ao aeroporto não serão concluídas em 2014

O próximo governador é quem vai definir o prazo de conclusão das obras dos acessos Norte (BR-406) e Sul (BR-304) ao aeroporto Aluízio Alves em São Gonçalo do Amarante, que estão paralisadas por falta de planejamento. Há pendências do Governo do Estado e da construtora EIT Engenharia para que as obras sejam retomadas. “Eu estou preparando para até o final do ano deixar a obra sem nenhuma dessas pendências”, assinalou o diretor-geral do DER-RN,  Demétrio Torres.
Não há tempo hábil para que as obras que devem ser retomadas esta semana sejam concluídas até o final deste governo, dia 31 de dezembro, explicou Demétrio Torres. “Nós vamos fazer o máximo que puder fazer”, argumentou o secretário.As obras orçadas em R$ 72.198.549,57 estão paralisadas desde o dia 12 de agosto, mas já vinham sendo executadas com lentidão. Elas compõem a Via Metropolitana, que inclui os acessos ao aeroporto pela BR-406 (Ceará-Mirim), BR-304 (Macaíba) e RN-160 (São Gonçalo do Amarante).
No acesso Norte, as obras pararam com parte do asfalto concluído, mas falta ainda a duplicação da BR-406 a partir do bairro do Parque dos Coqueiros, na Zona Norte, até Ceará-Mirim, e finalização do aeroporto por esta via. Por enquanto, o tráfego neste sentido é feito por um desvio.    Situação mais precária são as obras do acesso Sul que vai fazer a ligação entre Macaíba e o aeroporto pela BR-304. Foi feita apenas a terraplenagem, mas no trecho próximo a São Gonçalo o mato já está tomando conta e há erosão provocada pelas chuvas.
O viaduto da BR-406, uma das obras em atraso, deverá ser uma a primeira depois da retomada. As 24 vigas já estão prontas e o único trabalho será transportá-las do canteiro de obras e colocá-las sobre os pilares que já estão prontos. Depois, é só concretar a parte de cima do viaduto, explicou o diretor do DER. O acesso sul terá 4,3 km do anel da Via Metropolitana até o Rio Jundiaí em Macaíba. Segundo Torres, as fundações da ponte sobre o Rio Potengi já estão prontas.
Demétrio Torres explicou que as obras têm duas fontes de financiamento, o PAC da Copa via Caixa Econômica Federal e Proinveste (Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e Distrito Federal) do Banco do Brasil. Não há problema com a Caixa mas existem pendências do Governo do Estado com o Proinveste, comentou do diretor-geral do DER.
Segundo ele, falta o agente financeiro, o Banco do Brasil, aprovar a prestação de contas. Os recursos dessa fonte representam 12% (R$ 8,6 milhões) do total das obras de acesso. “É a menor parte do valor da obras”, alegou Torres.A paralisação das obras obras por mais de 60 dias, de acordo com o diretor-geral do DER, também é de responsabilidade da EIT Engenharia que como executora, não enviou toda documentação necessária à Caixa. O banco só liberada recursos com a documentação completa do Governo e da empreiteira.
Por isso, explicou, o Governo do Estado não pôde fazer o pagamento das faturas à EIT.Até a semana passada, explicou Torres, o DER já havia pago o correspondente a 88% das faturas e esta semana, ainda, as obras devem ser reiniciadas. Outro fator que contribuiu para a demorada na retomada era a usina de fabricação de asfalto que estava no canteiro de obras do aeroporto. Foi desmontada e deslocada para fabricar o asfalto dos acessos.
Foto: Argemiro Lima (Novo Jornal)
Fonte: Novo Jornal

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