Então, estando eu num bairro como Petrópolis com destino ao bairro de Igapó, por exemplo, ao invés de pegar um ônibus das linhas 05, 67 ou 70 – escolhas naturais para o destino – vou para a parada dos intermunicipais, pegar um Serrinha, Ceará-Mirim, Maxaranguape ou um Vila de Fátima. Eles andam mais rápidos, mais vagos e a passagem custa R$ 2,00 até Igapó.
Até aí, tudo vai muito bem. Mas chegando à Igapó, preciso pegar um segundo ônibus para o bairro onde resido. É aí onde começam os problemas. As linhas convencionais operam atualmente sobrecarregadas e com direito a ônibus pequeno, e demoram muito a passar. Aí, vêm as Kombis do sistema de São Gonçalo do Amarante, que deveriam vir com uma placa de “risco de morte”. Restam os poucos alternativos para o bairro, os E1.
Pois bem, nesses dias cheguei muito bem através de uma agradável viagem de Petrópolis até Igapó num Natal-Vila de Fátima. Nesse chuvoso dia esperei pelos ônibus e até mesmo as Kombis não passaram. De repente estaciona um alternativo E1 com destino ao meu bairro, e para minha surpresa ele está completamente vazio. Mas quem disse que ele seguiu viagem?
Como somente eu subi, o cobrador me mandou descer e pegar uma Kombi para o bairro, pois iam esperar mais passageiros. Me senti ruim. Além de não poder seguir viagem de maneira confortável, ainda ouvi a sugestão de arriscar minha vida numa viagem numa Kombi. Esperei mais um bocado até que veio um ônibus e segui, enfim, para meu destino na companhia do motorista e do capô do ônibus.
O grande problema dessa história toda é a falta de profissionalismo dos alternativos intermunicipais. Eles faltam com respeito para com os passageiros, vistos apenas pela ótica da tarifa. Onde, num mundo civilizado, um passageiro é chamado a descer de um transporte por “falta de quórum” no saguão do veículo? É muita incompetência. É muita falta de respeito. Para mim, os alternativos E1 são um verdadeiro problema!