Garagem.com: Apelidos e codinomes

O tal do apelido é algo que faz parte da nossa cultura, sendo frequentemente visto nas cidades do interior, principalmente em pessoas com pelo menos trinta anos de idade. Seja por uma característica física ou por uma simples abreviação do nome de batismo, o danado é e sempre foi polêmico, sendo até mesmo motivo de brigas. Mas muitas vezes é bem acolhido pelo “batizado” dando uma identidade única a este.
Na capital, porém, há uma categoria de trabalhadores em que é muito fácil de encontrar apelidos. Se pensou nos rodoviários, acertou. Muitos profissionais que trabalham nesse setor ficam muito conhecidos pelo apelido, virando até mesmo personagens de uma linha de ônibus, ou de um bairro inteiro.
Um exemplo é o “Carreirinha”, que ficou conhecido – principalmente pelos busólogos – na linha 77 (Parque dos Coqueiros/Mirassol). Na 70 (Parque dos Coqueiros/Petrópolis) tínhamos a “Galega”, admirada por ser uma das poucas mulheres ao volante de um ônibus em Natal. A mesma linha tinha também um “Bigode”. Já na 10-29 (Nova Natal/Campus – Via Nova Descoberta), há o “Japonês”, bastante conhecido do bairro vizinho a UFRN.
Na verdade, cada linha e seus terminais possuem pelo menos algum rodoviário apelidado.
O bom de tudo isso é que esses profissionais ficam “marcados” e acabam por fazer muitas amizades, ganhando até mesmo um status de celebridade, pelo menos na localidade onde atuam.
Mas acima de tudo é preciso respeito. Sabe-se que apelidos também podem ser ofensivos. Daí, melhor é usufruir dessa liberdade somente se esta for dada por eles.
Por Rossano Varela

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