Após a publicação no Diário Oficial do Município da portaria que sanciona a nova tarifa de ônibus em Natal, o novo valor de R$ 2,35 está sendo cobrado desde o dia 27. O reajuste de 6,82% sobre o valor atual de R$ 2,20 foi proposto pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) e aprovado pelo Conselho Municipal de Transporte e Trânsito Urbano (CMTTU) por maioria de votos em reunião tumultuada.
Além do reajuste, a Semob exigiu do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município do Natal (Seturn), a inclusão de 50 novos ônibus na frota efetiva que hoje é de 646 veículos, e a volta da circulação da linha 66 (Ponta Negra/Cidade da Esperança) por dentro do campus universitário da UFRN. Se essa determinação não for cumprida, a tarifa voltará a R$ 2,20, disse a secretária de Mobilidade Urbana, Elequicina Santos.
“Levamos em consideração a planilha apresentada pela Secretaria”, explicou a secretária Elequicina Santos. Foram apresentadas ainda propostas de reajuste para R$ 2,40 e para R$ 2,50, esta última, pelo Seturn. De acordo com a secretária, a proposta da Semob passou de R$ 2,30 para R$ 2,35 porque foi incluída na planilha de custos que calcula o valor da tarifa, o índice dos motoristas que não havia sido considerado na proposta anterior.
Esse índice é o percentual 16% de aumento do salário da categoria estabelecido pelo Tribunal Regional do Trabalho dia 26 de junho passado. “Nós levamos isso em consideração e a planilha ficou em R$ 2,35”. Na sala de reuniões da Semob, na Ribeira, o clima esquentou para se chegar à definição da tarifa depois de duas horas e meia de discussões entre os membros do Conselho Municipal de Transporte, presidido por Elequicina Santos.
Dos 12 conselheiros presentes e aptos a votar, 8 votaram na proposta de R$ 2,35; dois na de R$ 2,40; e houve duas abstenções. O presidente do Sindicato dos Permissionários de Transporte Opcional de Passageiros do RN (Sitoparn), José Pedro Santos Neto, se retirou antes da votação por discordar das propostas e tentar invalidar a votação com a falta de quórum. Ele acusou a Semob e o Seturn de fazerem um grande acordo para definir a tarifa de R$ 2,35.
Fonte: Novo Jornal