Representantes dos rodoviários e da classe patronal estiveram reunidos em mais uma audiência, nesta terça-feira (22), para discutir a pauta de reivindicações dos trabalhadores. No encontro realizado no Ministério Público do Trabalho em Pernambuco (MPT-PE), os patrões apresentaram uma contraproposta com a oferta de aumento salarial linear de 5%. Segundo o procurador-chefe do órgão, José Laizio Pinto Júnior, a categoria – formada por motoristas, cobradores e fiscais – rejeitou a proposta.
De acordo com o procurador, o aumento salarial oferecido pelos patrões envolve, entre outros itens, piso salarial e ticket refeição. Os representantes das empresas se comprometeram ainda em criar um banco de horas com validade de um ano e revalidar cláusulas sociais, que incluem, por exemplo, benefícios como o auxílio funeral. Representam a classe patronal o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Urbana/PE) e o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Passageiros de Pernambuco (Serpe).
Após os rodoviários rechaçarem a proposta, o MPT – responsável pela mediação do processo de negociação salarial – fez uma contraproposta para a classe patronal, com pedido de 10% de aumento linear e a manutenção das cláusulas sociais. Segundo o procurador, as duas partes vão discutir o resultado da audiência em assembleias a serem realizadas nesta quarta-feira.
Atualmente, motoristas recebem R$ 1.605 mil e os cobradores R$ 738. Com o aumento de 10%, o salário giraria em torno de R$ 1.765,50 e R$ 861,63, para cada função, respectivamente. Já os fiscais que recebem R$ 1.037, passariam para R$1.140,70.
Fonte: Folha de Pernambuco