Estudantes universitários, partidos políticos e organizações não-governamentais participaram, pacificamente, de um ato público contra o eventual reajuste tarifário das passagens de ônibus em Natal. A manifestação começou no Baldo, no meio da tarde de ontem, passou pela prefeitura e terminou com um “roletaço” às 17 horas, na avenida Prudente de Morais, próximo à Praça Pedro Velho, em Petrópolis.
De acordo com a estudante de Direito e representante da Assembleia Nacional de Estudantes Livre (ANEL), Lorena Vidal o protesto desta quarta-feira teve uma característica diferente. Segundo ela, além de protestar contra o aumento da passagem de ônibus de R$ 0,10, os estudantes querem que o sistema de transporte público seja desprivatizado e seja comandado pelo poder público. Eles também esperam que a população concorde e se junte ao protesto.
Pelas ruas do Centro da cidade, os manifestantes apresentaram suas reivindicações à população através de panfletos e palavras de ordem. Nas paradas de ônibus e em pontos de concentração de pessoas, a população parecia dividida. Houve quem concordasse, como o autônomo Raimundo da Silva, que afirmou que a sociedade deve aderir ao protesto.
“A população também tem que falar, porque afeta diretamente e totalmente a população. Aumentando a passagem de ônibus, mexe com o bolso do cidadão”, declarou.
Mas houve também quem desaprovasse o movimento dos estudantes. A dona de casa Ana Cristina disse que não adianta nada ir para as ruas. “A população precisa protestar sim, mas esse protesto deve ser feito nas urnas”, disse.
A passeata seguiu em clima pacífico até a Praça Cívica, em Petrópolis, zona Leste de Natal, local em que os estudantes realizaram um “roletaço”, termo usado para definir o ato de pular a catraca e não pagar a tarifa do transporte público.
Além dos estudantes, participam também entidades sindicais, como o Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde) e do Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior (Sintest).
O grupo foi acompanhado por agentes da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) e da Polícia Militar que monitorou todo o movimento até a dispersão do grupo.
Foto: Wellington Rocha (Portal No Ar)
Com informações: Tribuna do Norte e Portal No Ar