Fetronor: Realinhamento tarifário é solução e não problema

O presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Nordeste, Eudo Laranjeiras, atribuiu a problema político o fato de vários prefeitos, a exemplo de Natal e João Pessoa, não terem definido até agora o realinhamento das tarifas dos ônibus urbanos. “Eu tenho pena do gestor que vê a necessidade do reajuste ou realinhamento como um problema, quando na verdade é uma solução”, lamentou.
Para ele, tem prefeito que prioriza o sistema de transporte coletivo, com melhores ônibus e há outros que têm medo de uma reação contrária e deixam o problema ir se agravando, agravando a situação e penalizando os usuários, até por que ele não consegue impedir o aumento nos preços do óleo diesel, dos pneus e dos salários.
Custo da gratuidade: Eudo disse ainda não ser contra as manifestações populares e no caso dos estudantes por gratuidade na passagem, lembrou que alguém tem que pagar essa conta, que apesar de indevida, vem sendo colocada nas costas dos empresários, enquanto o serviço vem se degradando, o que não é bom para ninguém. “Esperamos que os prefeitos enxerguem essa realidade e concluam pela necessidade de uma solução, por exemplo, através de subsídios, pois buscamos apenas pagar os custos do sistema”, afirmou.
O presidente da Fetronor considerou um desastre o legado a ser deixado pela Copa do Mundo de futebol, que deu prioridade à conclusão das Arenas e não chegou sequer a realizar 10% das obras de mobilidade urbana que foram anunciadas, deixando-as para trás, desperdiçando uma excelente oportunidade de corrigir históricos e crescentes problemas históricos.
Crise no setor: Eudo mostrou-se ainda bastante preocupado com a entrega de serviços por entidades do setor, fato antes nunca visto, e recentemente registrado em Natal e Salvador. “O Rio Grande do Norte não tem tarifa e nenhum tipo de subsídio, pelo contrário, foi ampliado o serviço de vans, ampliando os benefícios de gratuidades e o resultado é que até agora 87 linhas já foram entregues e várias empresas com até 60 anos de existência fecharam suas portas porque não têm condições de continuar desempenhando suas atividades”, advertiu.
Por fim, ele elogiou a inclusão de algumas empresas de transporte de passageiros no Supersimples, como resultado de um trabalho desenvolvido há muito tempo pela Fetronor, junto a segmentos da indústria e Sebrae, diante da proibição ao setor de fazer o recolhimento de impostos por meio do regime simplificado. “Desejamos que surjam outros projetos nesse sentido, que beneficiem o empresariado, responsável pela geração de trabalho, emprego, renda, impostos e receita no País”.
Fonte: Fetronor

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