Até o dia 15 de julho, a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) deve entregar o primeiro estudo sobre a viabilidade de reajuste na tarifa do transporte público em Natal, solicitado pelo Ministério Público do Trabalho em audiência com os rodoviários e Seturn.
No início da semana, a Prefeitura de Natal sinalizou que a tarifa de ônibus poderá aumentar em R$ 0,10. O estudo é baseado em uma planilha do Ministério do Trabalho e, caso aponte a necessidade de um reajuste na tarifa de ônibus, o valor será debatido pelo Conselho do Usuário de Transporte.
Já o outro estudo vai ser conduzido por meio de uma consultoria contratada pela Semob. A previsão é que ele atualize todos os índices utilizados como parâmetro para o transporte público, como número de passageiros e gastos com óleo diesel. Segundo Elequicina dos Santos, titular da Semob, as pesquisas ainda estão sendo feitas e não há data para divulgação.
Reajuste sem um ajuste na tarifa é quase inviável: Os empresários de ônibus reclamam do impacto financeiro do novo reajuste e do prejuízo com a greve. Segundo Nilson Queiroga, consultor técnico do Seturn, o prejuízo destes 13 dias com frota reduzida gira em torno de R$ 6 milhões. Há três anos, a tarifa não tem reajuste.
O Seturn afirma que a perda é recuperável apenas se a Prefeitura do Natal conceder o reajuste tarifário, incentivo fiscal ou subsídio para o setor. “Para o Seturn essa decisão de reajuste sem ajuste na tarifa ou subsídio para o setor é quase inviável”, declarou.
Essas questões serão discutidas em reunião na próxima segunda-feira entre Sintro e Seturn. “O que vai se discutir é: como vamos pagar no final do mês o reajuste se não houve receita, quase a metade do mês?”, indagou Queiroga.
Fonte: Tribuna do Norte