Para Seturn, aumento de R$ 0,10 não trará equilíbrio

A greve dos rodoviários continua sem acordo. Para diminuir os prejuízos, a Prefeitura de Natal sinaliza com um possível reajuste da tarifa, que deve ser definido até 15 de julho. A Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) vai entregar, até lá, um estudo sobre a viabilidade econômica do transporte público da cidade, que abrirá – ou não  – margem para uma nova tarifa. Em reunião na segunda-feira, o prefeito Carlos Eduardo Alves chegou a mencionar para os rodoviários um aumento de R$ 0,10 centavos no valor atual.
O anúncio foi considerado “insuficiente” pelos empresários do transporte coletivo em Natal. O Seturn bate o pé e afirma que o valor ainda não garante o equilíbrio econômico das empresas. De acordo com o sindicato, os R$ 0,10 não seriam suficientes para cobrir sequer o custo com o dissídio. Representantes do setor tiveram reunião na última sexta-feira, 20, com o prefeito Carlos Eduardo Alves.
“Se vier só o reajuste não adianta. O que a maioria das cidades tem feito é a desoneração e o reajuste: mesmo que o percentual seja pequeno, associado a ele vem o subsídio. Vinte das capitais não cobra os 5% do Imposto Sobre Serviço (ISS) do óleo diesel”, afirma Nilson Queiroga, consultor técnico do sindicato.
Nos cálculos feitos pelo Seturn, o reajuste da tarifa deve beirar os R$0,30 centavos para compensar os custos das empresas. A quantia seria o acúmulo de reajustes necessários ao longo dos últimos três anos. “Mesmo que esse reajuste resolvesse a questão de pessoal, que corresponde a 45% dos nossos gastos, não resolveria os custos com manutenção, óleo diesel”, afirma Queiroga.
De acordo com o sindicato, o problema hoje não é a tabela utilizada pela Semob para calcular a tarifa do ônibus, mas o preenchimento da tabela – Queiroga afirma que os valores utilizados são desatualizados, criando uma “tarifa surreal.” “A Semob preenche o valor do óleo diesel gasto por quilômetro com base em um micro-ônibus, quando a frota é composta por ônibus de grande porte”, acusou.

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