Garagem.com: A greve e as teorias da conspiração

Este mês de junho tem sido bem atípico para os potiguares. Mês de Copa, de feriados, de muita festa e também de greve dos rodoviários. Greve esta que já é uma das mais longas que o natalense já enfrentou, trazendo inúmeros prejuízos à sociedade. Diante da ausência de satisfações às pessoas, surgem algumas curiosas teorias da conspiração, que não necessariamente correspondem à realidade.
A mais inquietante que se ouve é a de que a greve está sendo apoiada pelos empresários donos das empresas de ônibus. Se verdade ou não, não me cabe julgar. Fato é que é muito oportuno para os patrões reivindicarem ajuste na tarifa sob a justificativa de atualmente não ter condições de conceder o que é reivindicado pelos rodoviários.
A mais conspiratória, que beira o cômico, é a de que a greve dos rodoviários teve início junto com a Copa para que menos pessoas circulassem nas ruas, facilitando a vida dos turistas na cidade. É bem verdade que dá vontade de esconder os ônibus ridículos que circulam diariamente na cidade, mas, o que se vê nas ruas é uma enorme dificuldade de locomoção, inclusive para os turistas, que certamente estão vendo como Natal tem seu transporte público desorganizado.
E a mais plausível é a de que os rodoviários queriam visibilidade durante a execução da Copa. Pode até ser verdade, mas, é mais ou menos nessa mesma época do ano que eles reivindicam melhorias para a categoria todos os anos. Mas coincidiu com a Copa. E aí? Coincidência ou oportunismo? Mais uma vez, não cabe julgar.
Deixando as teorias de lado, vê-se na prática a dificuldade de locomoção para milhares de pessoas, em Natal e sua Região Metropolitana. Por bondade a Prefeitura tem amenizado o problema com a permissão de ônibus e vans particulares para circularem nas linhas urbanas. Porém, superlotação, abuso nas tarifas e desorganização de horários têm sido flagrados. Sei que a população não irá reivindicar o que lhe é de direito. Então, nos resta esperar – e muito -, infelizmente.
Por Rossano Varela

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